Coluna da Arte Suave: a difícil decisão do líder de uma equipe de Jiu-Jitsu em ‘desligar’ o professor; leia e opine

* Há um tempo, escrevi sobre um momento difícil na vida de um professor de Jiu-Jitsu, porque nunca é um momento agradável. Esse momento é quando o professor decide desligar um aluno de sua equipe. Mas, em contrapartida, e quando essa decisão é desligar um professor de sua equipe? Esse fato é um assunto sempre evitado de ser explanado dentro e fora das academias. 

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Eu creio que os critérios devem ser até mais rígidos, porque se é professor, é referência. E se leva o escudo de uma equipe de Jiu-Jitsu, deve seguir as diretrizes que o  líder dessa equipe determina. Eu tenho professores que agregam valores educacionais e têm consciência do que representam para os seus alunos. Recebi um e-mail de um professor me perguntando se eu já tinha passado por essa situação. Ele me escreveu dizendo que anda discordando de um professor seu em uma filial, não concordando com atitudes dele dentro e fora dos tatames também. 

Bem, começando a responder.  Um professor de Jiu-Jitsu, para mim, é professor dentro e fora dos tatames 24 horas por dia. Ele sempre será uma referência para os seus alunos, não importando se está no dojô, na vida social ou nas mídias sociais. Então, se esse professor não corresponde ao esperado, creio que deve ser avisado pelo líder o que incomoda ou discorda de sua conduta como professor que representa seu escudo, que consequentemente representa o nome do líder. 

Quando esse professor não aceita as diretrizes e mantém suas atitudes, creio que o melhor a ser feito pelo líder dessa equipe  é descredenciá-lo. Respondendo ao professor que me escreveu, eu já desliguei dois professores da minha equipe. Ambas as decisões foram motivadas por condutas que eu não concordava, que foram acontecendo dentro e fora dos tatames. Como professor, você tem de pensar que esse professor leva seu escudo e, consequentemente, seu nome. Ele tem de se adequar com o que você como líder determina. 

Se não concorda, tem atitudes discordantes do que você acredita ser o correto, creio que o melhor caminho é desligar ele de sua equipe. Eu não tenho arrependimento de nenhum dos dois professores que eu desliguei da minha equipe, porque é o meu nome, meu escudo e todos os anos de trabalho que eu estou preservando. Então, finalizando a resposta, meu amigo professor, se depois de avisado, o professor insistir em atitudes que, ao seu entendimento, você não concorda, desligue ele de sua equipe sem o menor arrependimento. 

Porque o nome do professor é esquecido, mas o escudo ficará marcado pelas atitudes desse professor. Assim, cessam os aborrecimentos para você, e esse professor que você discordava da opinião segue e faz o caminho dele. O importante é pensar na qualidade de ensino em sua academia, no ambiente e no nível técnico da sua equipe. Mas não pode ser deixada em segundo plano em nenhum momento a conduta do professor, não importando se as atitudes que você discorda sejam na gerência da academia, no trato com os alunos e até mesmo em postagens nas mídias sociais. 

Enfim, espero que tenha respondido ao seu e-mail, e deixado uma dica aos professores de Jiu-Jitsu que possuem filiais com seu escudo. Preserve seu nome e seu escudo, porque para mim é uma das coisas mais importantes da minha vida. Meu nome, minha equipe e minha família. 

Para mais informações, veja www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o www.geracaoartesuave.com.br/.

* Por Luiz Dias

Em seu novo artigo, Luiz Dias falou sobre a difícil decisão de desligar um professor da equipe de Jiu-Jitsu (Foto: Reprodução)

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