Coluna da Arte Suave: a faixa branca é uma graduação no Jiu-Jitsu? Leia o artigo e opine
Novo artigo escrito pelo professor Luiz Dias fala a respeito dos atletas da faixa branca no Jiu-Jitsu; veja mais detalhes

Novo artigo publicado na TATAME fala sobre a questão da "mão de vaca" no Jiu-Jitsu (Foto: Reprodução)
Recebi, recentemente, um e-mail de um leitor perguntando se a faixa branca, realmente, já é uma faixa dentro do Jiu-Jitsu, ou não pode ser considerada como se fosse uma graduação? Eu respondi que, dentro do meu ponto de vista, sim, a faixa branca é uma graduação. Porque só quem começa a lutar, veste um quimono e pisa nos tatames pode colocar a faixa, que indica seu começo de caminhada na nossa Arte Suave.
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Quem não luta, não pode dizer que é faixa branca. A faixa branca é uma faixa desafiadora. Muitos não percebem o quanto é difícil entrar numa academia para começar a treinar Jiu-Jitsu, principalmente quando você chega numa academia que não conhece ninguém, não vai levado por um amigo, e vai começando do zero, ir aprendendo, sempre tomando carros, um atrás do outro.
Até você começar a não tomar tantas blitz, exige muita força de vontade e resiliência. O Jiu-Jitsu é um longo aprendizado, que nunca termina. Mas muitos não veem a faixa branca como uma faixa. Ela é uma faixa, sim. E temos aquela frase: ‘o faixa preta foi um faixa branca que não desistiu’. Por mais que se brinque sobre o faixa branca, ele tem de ser respeitado pelos mais graduados. Tem de dar espaço e tempo para que eles possam aprender e melhorar cada vez mais.
Os faixas branca são a base da pirâmide de alunos de uma academia, que normalmente vão afunilando com a subida da graduação. Uma pirâmide invertida demonstra que não está havendo uma entrada de alunos e, consequentemente, não está tendo um aumento de lutadores na equipe. Sempre haverá brincadeiras sobre os faixas branca, mas creio que tem de haver limites e bom senso.
Não vejo mérito nenhum em um graduado pegar um faixa branca para treinar e dar um treino que é um monólogo, só ele esmagando o faixa branca, sem deixar ele fazer nada, executar um movimento, fazer ele bater 10 vezes. Se esse faixa branca ainda aprende os fundamentos, para que esse tipo de treino adianta? Não vejo proveito nenhum. Temos de receber bem os faixas branca. Podem ter brincadeiras, mas, acima de tudo, respeito e saber até o limite das brincadeiras, e também ser amigo e treinar, dando espaços para que eles possam se desenvolver e começar o aprendizado de maneira produtiva.
Porque, no futuro, serão eles os graduados que receberão os futuros faixas branca, e assim sucessivamente. Muitos chegam no dojô levados pela vontade de aprender, mas também para ter uma válvula de escape dos seus problemas particulares. Então, vamos receber bem os faixas branca. Ensinar e treinar com eles, na medida que eles podem responder, e ajudando eles a aprender, e assim teremos mais e mais treinos em nossas academias.
Para mais informações, veja www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o www.geracaoartesuave.com.br/.
* Por Luiz Dias

Novo artigo publicado na TATAME em autoria do professor Luiz Dias fala sobre os faixas branca no Jiu-Jitsu (Foto: Reprodução)