Coluna da Arte Suave: no Jiu-Jitsu, pense antes de questionar uma posição mostrada pelo professor
Em seu novo artigo na TATAME, o professor Luiz Dias falou sobre mais um tema importante no meio do Jiu-Jitsu; confira

Professor Luiz Dias falou sobre mais um tema importante no meio do Jiu-Jitsu (Foto: Reprodução)
* Uma situação que acontece em muitas academias de Jiu-Jitsu ou em treinos livres, e claro, incluo a minha academia nesses episódios, é no momento que o professor está demonstrando a posição, mostrando os detalhes das pegadas e as posições corretas para efetuar a técnica apresentada. Sempre tem um aluno para fazer uma pergunta que interrompe a explicação com a famosa: “e se eu fizer isso.. ?!”
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Os alunos têm de entender que aquela posição apresentada funciona naquele momento e naquela situação. Quando o aluno está vendo e ouvindo a explicação do professor, é normal pensar como evitar ou como executar um contragolpe. Mas o aluno, ao propor outra posição, certamente existem finalizações melhores para essa outra posição, então essa apresentada, talvez, não seja a melhor.
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Dúvidas só tem quem estuda. Perguntas proporcionam uma troca de ideias muito boa para todos, porque faz todos pensarem na mecânica do golpe. Ter a mente aberta, observar com atenção e tentar fazer a posição. Creio que quando alguém, mesmo sem tentar, já desacredita dela, sua mente não está aberta para o novo. E se tornam aqueles lutadores que não ampliam seu acervo de técnicas.
O mais importante, no meu entendimento, é o aluno deixar o professor de Jiu-Jitsu demonstrar a técnica. Entender que a posição é aplicada para aquela situação. Agora contestar por contestar, ou mudar a posição de quem está sofrendo a finalização, eu não creio que seja produtivo. Já presenciei um amigo mostrar em treinos livres uma posição que ele achava boa. Um faixa-preta contestou falando: “Mas se ele estiver assim, essa posição não pega” mudando a posição no dojô de quem está sob o ataque.
É claro que não vai pegar, sua mente já arranjou a saída e se ajeitou de outra forma. Mas é válido dessa maneira esse argumento? A meu ver, não. Estamos estudando a posição especificamente. Teste ela num treino e só depois comente sua impressão. Ao questionar por questionar, o que o aluno ou o amigo ganha? Quer parecer que sabe mais que o professor ou do parceiro de treino que mostrou a posição?
Aos alunos de Jiu-Jitsu, pensem antes de questionar, se a pergunta procede. Certamente seu professor, ao preparar a aula, estudou a posição, refletiu sobre ela e, se ele está mostrando na aula, é porque ela tem a sua eficiência. Sempre é bom e interessante conversar sobre técnicas e refletir sobre elas. Antes de fazer uma pergunta, pense se esse argumento procede.
Para mais informações, veja www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o www.geracaoartesuave.com.br/.
* Por Luiz Dias