Com 18 nomes, Seleção brasileira de Judô é convocada para o Campeonato Mundial de Tóquio 2019

Com 18 nomes, Seleção brasileira de Judô é convocada para o Campeonato Mundial de Tóquio 2019

A Confederação Brasileira de Judô definiu os nomes dos 18 atletas que representarão o Brasil no Campeonato Mundial – Tóquio 2019, que acontecerá na capital japonesa no período de 25 a 31 de agosto. A lista final saiu na última segunda-feira (13), após a atualização do Ranking Mundial IJF. De acordo com o critério estabelecido pela CBJ, vão ao Mundial os nove melhores atletas brasileiros por gênero no ranking depois do Grand Slam de Baku, disputado nesse final de semana, no Azerbaijão.

Parte da equipe já havia encaminhado bem suas vagas em Tóquio ao liderarem suas categorias com pontos conquistados ao longo do ano no Circuito Mundial. Mas, houve quem carimbasse seu passaporte para o Japão nessa última oportunidade. Casos do ligeiro Felipe Kitadai, que foi campeão e subiu 15 posições no ranking com os mil pontos do ouro em Baku, e da meio-leve Eleudis Valentim, que conquistou pontos com o quinto lugar no Azerbaijão, subiu três posições e também entrou. A meio-médio Ketleyn Quadros também teve uma vitória importante na primeira rodada do Grand Slam que lhe garantiu os pontos.

Dessa forma, estão convocados para o Mundial os seguintes brasileiros:

judo

Dos convocados, cinco já subiram ao pódio em Mundiais. Mayra Aguiar (78kg) é bicampeã do mundo (2014 e 2017) e ainda tem outra medalha de prata (2010) e duas de bronze (2013 e 2011). Rafaela Silva também tem um título mundial (2013) e um vice-campeonato (Paris 2011). Maria Suelen Altheman (+78kg) tem duas pratas (2013 e 2014); Rafael Silva (+100kg) tem uma prata (2013) e dois bronzes (2014 e 2017), e David Moura (+100kg) tem uma prata (2017). Os únicos estreantes serão Rafael Buzacarini (100kg) e Larissa Pimenta (52kg), caçula da equipe com seus 20 anos de idade.

Preparação final terá treinamentos na Europa e competições próximas

Para a fase final de preparação da equipe, a CBJ planejou treinamentos de camp internacionais na Europa e uma competição mais próxima ao Mundial, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, que serão a poucas semanas da competição no Japão.

“Neste ano, adotamos planejamentos diferentes para as seleções feminina e masculina, com um treino intenso para os homens no Japão no início do ano, enquanto as mulheres começaram a temporada já competindo em Paris, Oberwart e Dusseldorf. Além disso, investimos em um treinamento de camp internacional no Brasil com seleções europeias e sul-americanas, e também em treinamentos itinerantes pelos clubes para categorias que necessitavam de maior atenção, como 63kg, 73kg, 90kg e 100kg”, explicou Ney Wilson Pereira, gestor de Alto Rendimento da CBJ.

“Agora, na fase final de preparação, além dos treinos internacionais, optamos por fazer uma competição mais próxima ao Mundial, algo que não fizemos no ano passado. As mulheres lutarão o Grand Prix de Budapeste e os homens disputarão o Grand Prix de Montreal. Estamos fazendo uma boa preparação e já conquistamos resultados relevantes neste ano, o que traz bastante confiança para a equipe”, completou.

O gestor vê no Mundial de Tóquio um bom laboratório para observar o comportamento e o desempenho dos atletas brasileiros no ambiente que receberá as Olimpíadas em 2020.

“Além de testar toda a nossa operação logística, esse Mundial servirá também para os atletas sentirem o clima olímpico, lutando na histórica arena Nippon Budokan contra adversários que muito possivelmente estarão em Tóquio 2020. Será um ótimo teste”.

O Mundial de Tóquio será o último deste ciclo olímpico. No primeiro, em Budapeste 2017, o Brasil conquistou uma medalha de ouro com Mayra Aguiar (78kg), uma prata com David Moura (+100kg) e dois bronzes com Érika Miranda (52kg) e Rafael Silva “Baby” (+100kg), além do inédito vice-campeonato mundial da equipe mista. Já em Baku 2018, a seleção teve um bronze com Érika Miranda (52kg), que ao final desse ano, aposentadou.