Com carreira construída na Ásia e Europa, Kleber Koike cita desejo de lutar no Brasil e ir para o UFC: ‘Sei que posso chocar o mundo’

Com carreira construída na Ásia e Europa, Kleber Koike cita desejo de lutar no Brasil e ir para o UFC: ‘Sei que posso chocar o mundo’

* Após impressionar em sua estreia pelo Rizin Fighting Federation, em dezembro do ano passado, quando finalizou Kyle Aguon ainda no primeiro round, Kleber Koike está pronto para o seu próximo desafio na organização. No próximo domingo (21), o brasileiro, que mora no Japão há 17 anos, terá pela frente o japonês Kazumasa Majima, em duelo válido pela categoria peso-pena. Com 31 anos e um cartel de 26 vitórias – sendo 22 por finalização – e cinco derrotas no MMA profissional, Kleber mira novo triunfo para seguir em alta na companhia e, logicamente, sonhar com uma futura disputa de título dentro da franquia.

Ex-campeão do evento europeu KSW e também com curtas passagens por organizações como Pancrase e ONE Championship, o faixa-preta de Jiu-Jitsu deixou o Brasil ainda muito jovem e, aos 14 anos, passou a morar no Japão, onde construiu sua carreira nas artes marciais e mora até hoje. Apesar da distância, Kleber Koike mantém seu carinho pelo Brasil e, em conversa com a TATAME, falou sobre a intenção de, num futuro próximo, poder lutar em seu país natal.

“Eu já havia lutado em outras oportunidades no Japão, mas ainda não tinha lutado pelo Rizin FF, que é o maior evento e sonho de todo lutador, não só os que vivem no Japão, justamente porque muitos atletas têm o sonho de lutar, pela história do Japão nas artes marciais. Um dos lugares que também tenho sonho de lutar é no Brasil, mas quem sabe no futuro, né? Quero muito lutar no meu país de verdade”, disse o atleta, que luta profissionalmente no MMA desde 2008.

Ao longo do bate-papo com nossa reportagem, o lutador falou sobre a carreira que construiu fora do Brasil, sua vontade de “atrair” mais fãs brasileiros e revelou o desejo de lutar pelo UFC após concretizar o sonho de se tornar campeão peso-pena pelo Rizin Fighting Federation.

Veja o restante da entrevista com Kleber Koike:

– Carreira fora do Brasil e vontade de atrair fãs brasileiros

Realmente, sou um cara com muitas lutas na carreira, mas acredito que poucas pessoas me conhecem, principalmente os brasileiros, acho que é até uma ‘culpa’ minha também. O KSW me vendia como um japonês, e não como um brasileiro. Por mais que todos soubessem que sou brasileiro, mas por viver no Japão, vendiam minha imagem como um japonês. Isso dificultou no meu marketing e também na questão da mídia especializada no Brasil, que não me conhece. Mas pretendo melhorar nisso e muita gente ainda vai ouvir falar de mim.

– Acredita que sua última vitória no RIZIN chamou mais atenção dos brasileiros?

Acredito que essa minha última vitória chamou, sim, atenção do público brasileiro, até mesmo porque fui o único brasileiro que lutou no evento de fim de ano do Rizin. Eu senti que tinha muita gente torcendo por mim, mandando mensagens e energia positiva. Aqueles que ainda não me conheciam, depois dessa vitória, e da forma que foi, passaram a conhecer e prestigiar um pouco do meu trabalho.

– Sonho de lutar no Brasil futuramente

Eu já havia lutado em outras oportunidades no Japão, mas ainda não tinha lutado pelo Rizin FF, que é o maior evento e sonho de todo lutador, não só os que vivem no Japão, justamente porque muitos atletas têm o sonho de lutar, pela história do Japão nas artes marciais. Para mim, foi uma sensação incrível, a luta veio na hora certa, pude estrear logo no evento de fim de ano, que é o mais aguardado pelos fãs. Um dos lugares que também tenho sonho de lutar é no Brasil, mas quem sabe no futuro, né? Quero muito lutar no meu país de verdade.

– Pela sua idade e o ótimo cartel, sonha em um dia lutar no UFC?

Já tive e ainda tenho esse sonho de lutar no UFC. É como estar na seleção, é o sonho de todo lutador. Mas já me frustrei muito com isso. Já tentei outras vezes, não consegui, já estive próximo de ir, mas não deu. Vou continuar fazendo meu trabalho e, quem sabe, um dia posso estar lá. Vivo o momento e, agora, foi o Rizin que me abraçou. Depois que eu me tornar campeão, pode ser que role essa oportunidade, não escondo que é um sonho. Ainda não estou satisfeito com a minha carreira. Muita gente não sabe, mas já fui campeão na Europa, pelo KSW, num estádio para 57 mil pessoas. Sei que posso chocar o mundo, que posso chegar onde eu quero, ser campeão do mundo e, provavelmente, chegar ao UFC.

* Por Diogo Santarém