Com mais de dez anos, CBJJE se mantém ativa no cenário do Jiu-Jitsu e presidente celebra ‘revoluções’; saiba mais

Com mais de dez anos, CBJJE se mantém ativa no cenário do Jiu-Jitsu e presidente celebra ‘revoluções’; saiba mais

* Com uma grande importância no cenário do Jiu-Jitsu nacional, a CBJJE (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo) é uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento da arte suave nos últimos anos. Fundada em 2007 e presidida por Moisés Muradi, a entidade foi responsável por “revelar” diversos atletas que, atualmente, são destaques nas principais competições do mundo.

Muito da história da CBJJE se resume a Muradi. Praticante de Jiu-Jitsu desde os 11 anos de idade, o paulista de Mogi Mirim passou pelos mestres Orlando Saraiva e Octávio de Almeida, tendo dedicado grande parte de sua vida a serviço da arte suave. Prova disso se constata nas criações da Lótus Club, Federação Paulista de Jiu-Jitsu, FESP Jiu-Jitsu, Federação Internacional de Jiu-Jitsu Esportivo e, obviamente, a CBJJE.

“Minha história no Jiu-Jitsu teve início em 1976, com o Mestre Orlando Saraiva, discípulo do saudoso Carlson Gracie. Jiu-Jitsu para mim é filosofia de vida, sempre buscando o desenvolvimento físico e mental na harmonização e equilíbrio, no qual é nosso alimento espiritual. Atualmente, sou faixa-coral com 8 graus”, resumiu Moisés em entrevista à TATAME, explicando ainda como se deu a criação da Confederação.

“A CBJJE foi uma continuidade da criação da FESP (na época, era a Federação mais atuante do Brasil). Eu participei da criação de importantes entidades e luto sempre pelo esporte. Em 1990, fundamos a Liga Brasileira de Jiu-Jitsu; em 1991, fundei a Federação Paulista; em 1998, fundei a FESP e em 1996, tivemos a primeira reunião da fundação da CBJJ, foi na minha academia, em São Paulo. Estavam presentes eu, Carlinhos, Robson, Mansur e o Mestre Nahun. Formalizamos muitas ideias, porém, sempre fui contra a elitização do esporte, assim como a sua restrição e acesso das entidades mais carentes. A CBJJE foi criada para dar maior amplitude a todos que tenham acesso ao Jiu-Jitsu. Criamos posteriormente a IFBJJS, que é a Federação Internacional, com atuação no mundo todo. Buscamos ser coerentes e respeitar, sobretudo, os mestres que labutaram para o esporte chegar onde chegou, além de passarmos aos novos praticantes a boa prática, mantendo a tradição do Jiu-Jitsu viva pelas gerações”, destacou o faixa-coral.

Ao longo de seus mais de dez anos de história e constante atuação na evolução do Jiu-Jitsu, a CBJJE realizou mudanças em seus campeonatos e, principalmente nas regras. Tais mudanças, inclusive, serviram de espelho para outras federações, como revela Moisés, responsável também por trazer os conceitos.

“A CBJJE tem praticado as mais importantes mudanças e evoluções no Jiu-Jitsu moderno, e mesmo sendo considerada atrás destas grandes federações, como IBJJF, CBJJ e UAEJJF, somos uma vitrine. Todos os mais famosos lutadores brasileiros da atualidade foram revelados na CBJJE. Fomos a primeira entidade a realizar eventos para faixas-branca, sistema de ranking e os próprios Opens, com e sem quimono. Então, temos a certeza de que somos a vanguarda nas modificações e lançamentos de novos procedimentos no Jiu-Jitsu. Atualmente, tenho uma grande novidade: estudo as regras há mais de 30 anos e cheguei na elaboração de uma regra que mantém toda a tradição do Jiu-Jitsu brasileiro e o tornará mais dinâmico. Podem anotar que, em dois ou três anos, esta regra também será copiada pelas grandes entidades”, assegurou Muradi.

 

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Por fim, ao ser questionado se considera que existe um monopólio voltado para as principais federações, o presidente da CBJJE procurou não citar a palavra “monopólio”, preferindo tratar como entidades que possuem um “poder monetário grande” e com “maior facilidade” para realização de eventos.

“Acredito que eles têm, sim, um poder monetário grande, e tem mais facilidade para realizar os eventos. Porém, o poder de criação e essência são raros e é esta questão que mantemos, que independe de imposição financeira. Os que mais se beneficiam disso são os praticantes de Jiu-Jitsu, que têm livre acesso e escolha de participação em todas estas entidades que eles quiserem participar”, finalizou Moisés.

* Por Mateus Machado