Com ‘volta às origens’ e auxílio de Cejudo, Bulldoguinho fala sobre busca por primeira vitória no UFC

Com ‘volta às origens’ e auxílio de Cejudo, Bulldoguinho fala sobre busca por primeira vitória no UFC

* Com um “No Contest” (luta sem resultado) e uma derrota nas duas lutas que fez pelo Ultimate até o momento, Bruno “Bulldoguinho” sabe que precisa mostrar serviço em seu próximo desafio, que acontece no sábado (10), no card do UFC Fight Night 179, na “Ilha da Luta”, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Seu desafio será contra o russo Tagir Ulanbekov, que vai fazer sua estreia na organização e vem embalado por uma sequência de três vitórias consecutivas na carreira, sendo duas delas por finalização.

Para esse duelo em questão, o brasileiro, de 30 anos, precisou voltar às origens. Sem poder voltar aos Estados Unidos por conta da pandemia do coronavírus, o peso-mosca fez sua preparação em Piracicaba (SP), onde contou até mesmo com o auxílio de Henry Cejudo, ex-campeão peso-galo e peso-mosca. Inclusive, a relação de amizade e aprendizado com o “Tripe C”, que atualmente se encontra aposentado do MMA, já vem de longa data. Em entrevista à TATAME, Bruno mostrou gratidão e contou um pouco das experiências vividas com o americano.

“É muito gratificante ter ao lado um cara como o Cejudo. Nossa relação é muito boa, ele praticamente me adotou. Fui para a casa dele, ele me ensinou o inglês e não tenho palavras para agradecê-lo. Estive com ele nas lutas contra o TJ Dillashaw, com o Marlon Moraes e isso conta muito para a minha experiência e fez muita diferença para a minha carreira. Quando você treina com um cara como esse, você fica com a mente blindada, sem contar no quanto evoluí tecnicamente graças a ele, aprendi muito com os detalhes que ele já me passou”, destacou o lutador.

Ao longo do bate-papo, o peso-mosca deu mais detalhes de sua preparação, fez uma análise do seu oponente visando a luta do sábado, disse de que maneira pretende superar o russo Tagir Ulanbekov e, por fim, fez uma avaliação da sua passagem pelo UFC até o momento.

Confira a entrevista com Bruno Bulldoguinho:

– Preparação com ‘volta às origens’

Esse camp foi bem diferente em relação a tudo o que passei nos últimos anos. Estava nos EUA nos últimos quatro anos e acabei voltando para o Brasil para lutar no card de Brasília, mas não consegui voltar aos EUA por conta da pandemia. Acabou que precisei voltar às minhas raízes, voltei para minha cidade, onde comecei, com meu primeiro professor, então foi bom estar de volta, perto da minha família, sentir o calor humano. Me sinto muito bem. Na reta final, o Henry Cejudo veio para cá, ficou uma semana me ajudando, acertamos todos os detalhes e me sinto muito confiante para esse duelo, preparado para entrar no cage e dar show.

– Relação com Henry Cejudo e auxílio do ex-campeão duplo

É muito gratificante ter ao lado um cara como o Cejudo. Nossa relação é muito boa, ele praticamente me adotou. Fui para a casa dele, ele me ensinou o inglês e não tenho palavras para agradecê-lo. Estive com ele nas lutas contra o TJ Dillashaw, com o Marlon Moraes e isso conta muito para a minha experiência e fez muita diferença para a minha carreira. Quando você treina com um cara como esse, você fica com a mente blindada, sem contar no quanto evoluí tecnicamente graças a ele, aprendi muito com os detalhes que ele já me passou. De tanto que convivi com ele, sei como é o caminho para chegar ao cinturão e me sinto confiante para ir em busca desse objetivo aos poucos.

– Como você analisa o adversário do próximo sábado?

Ele vem do Daguestão, de uma escola de Wrestling, é parceiro de treino do Khabib Nurmagomedov, então você já sabe que ele tem aquele jogo agarrado mesmo. Mas também tem o outro lado, ele não é tão forte, não é muito versátil, considero ele lento para a categoria, então acredito que a luta em pé seja o ‘caminho das pedras’, vou procurar mais a trocação. Como é a estreia dele, acho que ele vai sentir que o UFC é um outro mundo, uma outra pegada e pode ter certeza que vou partir para cima dele.

– Qual avaliação você faz das suas duas primeiras lutas no UFC?

Tudo está servindo como experiência. Na primeira luta, fui na categoria de cima, porque na época estava rolando aquele comentário de que iriam cortar a categoria peso-mosca, então não fazia sentido eu assinar para lutar em uma divisão que estava para ser cortada, por isso lutei na divisão de cima. Apesar disso, fiz uma luta boa, enfrentei um cara muito forte, e apesar de ter sido derrotado, meu adversário foi pego no doping logo depois, com o resultado indo para No Contest. Na segunda luta, foi um combate muito parelho, muita gente achou que eu venci, então tirei bons aprendizados, principalmente que não devo deixar a luta nas mãos dos árbitros. Me sinto mais experiente e cada vez mais feliz por fazer o que eu amo, estou vivendo um sonho. Vou ganhar essa luta, a próxima e assim vamos evoluindo.

– Por fim, de que maneira pretende vencer seu oponente no sábado?

Eu acredito que vou começar a minar ele em pé, ele vai sentir, então acredito que posso vencer essa luta ainda no primeiro round por nocaute. Quero muito vencer de forma rápida e com um nocaute, para faturar os 50 mil dólares de bônus e voltar para o Brasil ‘amarradão’ (risos).

CARD COMPLETO:

UFC Fight Night 179
Ilha da Luta, em Abu Dhabi (EAU)
Sábado, 10 de outubro de 2020

Card principal (21h, horário de Brasília)
Peso-galo: Marlon Moraes x Cory Sandhagen
Peso-pena: Edson Barboza x Makwan Amirkhani
Peso-pesado: Ben Rothwell x Marcin Tybura
Peso-médio: Markus Maluko x Dricus du Plessis
Peso-pesado: Tom Aspinall x Alan Baudot
Peso-pena: Youssef Zalal x Ilia Topuria

Card preliminar (18h, horário de Brasília)
Peso-médio: Tom Breese x KB Bhullar
Peso-pesado: Chris Daukaus x Rodrigo Zé Colmeia
Peso-médio: Impa Kasanganay x Joaquin Buckley
Peso-galo: Ali Alqaisi x Tony Kelley
Peso-pena: Giga Chikadze x Omar Morales
Peso-galo: Tracy Cortez x Stephanie Egger
Peso-mosca: Bruno Bulldoguinho x Tagir Ulanbekov

* Por Mateus Machado