Cowboy revela razão ‘pessoal’ para saída da TFT e ‘quase confusão’ com Magny: ‘Não gosto dele’

Cowboy revela razão ‘pessoal’ para saída da TFT e ‘quase confusão’ com Magny: ‘Não gosto dele’

Por Yago Rédua

Vindo de grande vitória por finalização contra Carlos Condit, em duelo realizado no mês de abril, pelo UFC on FOX 29, Alex Cowboy terá mais um bom desafio pela frente em busca do seu crescimento na categoria dos meio-médios do Ultimate. No próximo dia 22 de setembro, o brasileiro vai enfrentar o americano Neil Magny, oitavo colocado no ranking da divisão, pelo card do UFC São Paulo, que será realizado no Ginásio do Ibirapuera.

Para o combate, Cowboy vem de mudança em sua preparação. Por razões “pessoais”, o atleta deixou a TFT e, em entrevista aos jornalistas na última quarta-feira (15), não explicou as razões que o levaram a sair da equipe, no entanto, ressaltou que vem realizando seu camp na ATS Team, localizada em Três Rios, município do Rio de Janeiro.

“Estão me ajudando bastante na minha equipe, a ATS Team, a gente não para. A relação (com a equipe TFT) ficou na mesma, eles para lá e eu para cá, para a gente não confundir mais ninguém, não ter ‘caozada’. Amizade não tem mais, são eles para lá, eu para cá. Água não se mistura com óleo. Qual o problema que teve? É pessoal. Não vem ao caso (dizer o que houve), porque é f*** falar sobre esses assuntos”, comentou o lutador.

Confira a entrevista completa com Alex Cowboy:

– Preparação para combate no UFC São Paulo

A preparação está muito firme e forte, estou bem tranquilo e animado por lutar no meu país. Estão me ajudando bastante na minha equipe, a ATS Team, a gente não para. A oportunidade apareceu (para lutar no UFC São Paulo), então vamos agarrar com unhas e dentes e buscar fazer uma grande luta, focando sempre em conseguir a vitória, claro.

– Saída da equipe TFT por razão pessoal

Nunca teve nenhuma mudança na minha preparação. Os meus camps eu sempre fiz na minha cidade, em Três Rios, só vinha fazer a parte final mesmo no Rio, na TFT, mas infelizmente hoje foi cada um para o seu lado, mas eu estou bem, treinando na minha cidade, como sempre treinei. A relação (com a equipe TFT) ficou na mesma, eles para lá e eu para cá, para a gente não confundir mais ninguém, não ter ‘caozada’. Amizade não tem mais, são eles para lá, eu para cá. Água não se mistura com óleo. Qual o problema que teve? É pessoal. Não vem ao caso (dizer o que houve), porque é f*** falar. Deixa baixo.

– Encontro ‘nada amistoso’ com Neil Magny

Já tinha visto ele na primeira vez que lutei no UFC, em Goiânia. Saí de Goiânia para Vegas. Assim que cheguei, batemos de frente no aeroporto, ficou um clima meio chato. Não entendi a dele, porque eu era da categoria de baixo. Falei que se subisse de categoria e tivesse oportunidade de lutar com ele, não ia rejeitar. Apareceu (a chance), ele aceitou e vamos lá resolver. A estratégia (para vencê-lo) está aqui: mão pesada nele. Estou com muita tranquilidade para bater de frente com esse adversário. Só tem um problema: é um cara grande. Vou ter que bater para cima. O jogo dele é meio engraçado. Se bota mão pesada, ele quer agarrar… Se agarra, ele quer trocar, mas estou pronto para bater firme.

– Tática para vencer Magny em São Paulo

Vou pela tática, devagar, porque o “bichão” é grande. Se eu der um vacilo, ele vai acertar a minha orelha. Ele vai querer jogar na estratégia. Se eu bater, ele vai querer agarrar, se eu agarrar, vai querer bater. Vou esperar. Nos primeiros 10 segundos do round, não sei o que vai acontecer. Vou usar um pouco da estratégia dele, mas o jeito mesmo é soltar o aço nele para mostrar que aqui é Brasil. Vou soltar a mão pesada nele, isso é certo (risos).

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Vitória sobre Condit, em sua última luta, foi uma das mais importantes de Cowboy (Foto Getty Images / UFC)

– Sonho da luta principal no UFC São Paulo

Quem dera (fazer a luta principal do UFC São Paulo)… Ia ficar felizão se fosse a luta principal. Seria minha segunda vez, a primeira foi com o Donald Cerrone. Se me botarem para ser a luta da noite, “demorou”. Eu nasci pronto (para lutar em cinco rounds).

– Razão pra falta de afinidade com Magny

Não gostei do jeito dele tratar as pessoas, desfazer… A gente não se “bateu” muito, não. Quando nos encontramos pela segunda vez, eu já estava na categoria até 77kg, já olhei diferente, balancei a cabeça e falei: “Vem”. Me chama lá que eu aceito na hora. Mas antes de eu lutar com o Condit, pedi ele. Ele não aceitou. Agora ele aceitou, assinou o contrato, então dia 22 o pau vai cantar em São Paulo. Ele queria tirar uma “chinfra” comigo, achou que eu ia abaixar a cabeça, mas quase pulo em cima dele, o Marreta que acalmou (risos).

– Não necessidade de treinar fora do Brasil

A (Jéssica) Bate-Estaca é prova viva disso. Não tem necessidade de buscar treino lá fora, sendo que temos aqui dentro de casa. Aqui tem Wrestling bom, Jiu-Jitsu bom, mas muitas pessoas não dão valor, infelizmente. Falta um pouco de reconhecimento e apoio.

CARD PROVISÓRIO:

UFC Fight Night 137
Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo (SP)
Sábado, 22 de setembro de 2018

Jimi Manuwa x Adversário a ser definido
Neil Magny x Alex Cowboy
Rogério Minotouro x Sam Alvey
Renan Barão x Andre Ewell
Ketlen Vieira x Tonya Evinger
Serginho Moraes x Ben Saunders
Antônio Cara de Sapato x Elias Theodorou
Luis Henrique KLB x Ryan Spann
Lívia Renata Souza x Alex Chambers
Elizeu Capoeira x Belal Muhammad
Francisco Massaranduba x Evan Dunham
Thales Leites x Hector Lombard