Cris Cyborg explica demora para lutar com Amanda Nunes e dispara: ‘Estarei pronta em julho’
Por Esporte Interativo
Bem no meio do advento das superlutas no UFC, a brasileira Cris Cyborg é uma das que estão na fila para experimentar a experiência que é uma luta entre campeões. Logo após bater Holly Holm, em dezembro passado, Cris era esperada para enfrentar a compatriota, e também campeã, Amanda Nunes, valendo o cinturão dos penas do Ultimate. Porém, por algum motivo, mesmo com as duas mostrando disposição para realizar o combate, a luta não aconteceu. Em entrevista exclusiva ao Esporte Interativo, a curitibana esclareceu os fatores que impediram as duas de se enfrentarem neste primeiro semestre de 2018.
“Na verdade, eu fiquei sabendo que ela queria lutar comigo. Eu não queria lutar com ela, porque ela é brasileira, os brasileiros tem que ser campeões. Então ela começou a me desafiar, foi quando lutei com a Holly Holm e disse que poderia lutar com a Amanda em julho. Estou fazendo um processo para adotar minha sobrinha, levar ela para os Estados Unidos. O UFC já sabia disso, que estava tudo certo com o processo, que a partir do fim de março eu estaria no Brasil para resolver isso e não poderia lutar em maio, pois não estaria focada na luta. Mas em julho, com certeza, eu estaria pronta para organizar a minha vida e da minha sobrinha. Aconteceu de eu lutar em março, bem antes de eu vir ao Brasil. Estava em Portugal, mas sempre procuro estar treinando, e aconteceu de eu aceitar a luta, mas não mudou meus planos. Eu lutei, estou agora no Brasil fazendo meu evento, mas voltarei aos Estados Unidos e estarei pronta em julho”, revelou Cris.
Amanda queria enfrentar a curitibana no UFC Rio 9, dia 12 de maio. Sem Cyborg, a baiana vai enfrentar a desafiante peso-galo, Raquel Pennington. Caso bata a norte-americana, a luta entre brasileiras volta a ser pauta, mas caso se confirme, pode ser uma das maiores do MMA feminino, porém não maior que a tão sonhada entre Cris e Ronda Rousey.
”Acredito que não (seria a maior). Se acontecesse uma luta entre eu e a Ronda seria histórico. O esporte cresceu nessa rivalidade, entre eu e a Ronda. Ela fez um grande nome, representou o MMA feminino e fez o esporte crescer. É diferente pelo o que ela alcançou. Amanda é brasileira, campeã também e respeito ela. Na verdade, lutávamos na mesma categoria. Quando eu era campeã, nunca tivemos a chance de lutar porque ela nunca chegou perto do título. Então ela desceu de peso e foi campeã. Mas pode ser um grande evento. Ela tem que trabalhar a questão do ppv. Não é uma pessoa que vende muito. Ela quer lutar comigo não só por marketing, mas por isso também. Vai ser uma grande luta, se acontecer. Por ser duas representantes do Brasil, apesar de eu não gostar de lutar com brasileira, mas como eu não escolho adversária, vou estar preparada”, encerrou.