Dana White revela que tentou anular única derrota de Jon Jones no MMA: ‘Ele deveria estar 27-0’

Não há dúvidas que Jon Jones é um dos maiores lutadores da história do MMA. Para muitos, o ex-campeão meio-pesado do UFC é o verdadeiro “GOAT” (melhor de todos os tempos) nas artes marciais mistas, e ao longo da sua carreira, carrega um cartel quase perfeito.

Prestes a retornar ao MMA após um hiato de três anos, “Bones” volta ao octógono neste sábado (4), na luta principal do UFC 285, em Las Vegas (EUA), em disputa de cinturão vago da categoria peso-pesado contra Ciryl Gane. Até o momento, Jones realizou 28 lutas em sua carreira, tendo vencido 26 combates e sofrido uma derrota, além de uma luta sem resultado, feita contra Daniel Cormier.

O único revés sofrido pelo ex-campeão ao longo da sua trajetória no MMA foi por conta de uma desqualificação, em uma luta na qual Jon Jones dominava seu adversário, Matt Hamill, em duelo realizado no ano de 2009, em um card do UFC. Na ocasião, o árbitro Steve Mazzagatti interrompeu o combate por considerar ilegal diversas cotoveladas desferidas pelo americano em seu adversário, e por conta disso, o desqualificou.

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Esse é um assunto que, até hoje, irrita o presidente do UFC, Dana White. O mandatário afirmou, em conversa com jornalistas durante a semana do UFC 285, que Jon Jones não merece ter seu cartel “manchado” com uma derrota, tendo em vista o fato que ele dominava a luta contra Matt Hamill até o momento da paralisação.

“Quero dizer, com toda a franqueza, se você olhar para todas as pessoas com quem ele lutou, ele nunca perdeu uma luta. Isso me mata, essa (derrota) estar em seu cartel. Esse 26 a 1″, disse o mandatário do UFC.

Dana continuou e declarou que a pouca experiência e qualidade técnica, tanto da Comissão Atlética quanto do árbitro, eram inferiores ao que é visto atualmente: “Você tem que entender, para quem não sabe, isso foi em uma época em que a Comissão Atlética do Estado de Nevada era muito fraca e havia um árbitro lá que interrompeu a luta e chamou Jones de perdedor naquela luta. Uma luta que ele estava dominando e deveria ter sido finalizada. Em vez de desqualificar Jones, eles deveriam ter parado a luta. Jones realmente deveria estar com 27-0 em seu cartel no MMA”, declarou White.

Dana White finalizou responsabilizando o árbitro daquela luta, Steve Mazzagatti, por ter optado pela desqualificação. O presidente do Ultimate disse que, depois disso, o profissional foi removido do quadro de árbitros regulares do UFC, e afirmou ainda que até hoje intercede para que a Comissão Atlética de Nevada anule a única derrota na carreira de Jon Jones. Todavia, mesmo com todos os esforços, sua tentativa ainda não se concretizou.

“Aquela luta deveria ter sido interrompida, deveria ter acabado e Jones deveria estar com 27-0. Lutei muito para tirar essa derrota do registro dele, mas não consegui. É horrível. É um árbitro que eu falei um milhão de vezes que não deveria nem estar no octógono (arbitrando). Mas o que você vai fazer?”, concluiu Dana.

Jon Jones, atualmente com 35 anos de idade, volta ao octógono neste sábado (4) contra Ciryl Gane, em disputa pelo cinturão vago dos pesados (até 120kg). Seu adversário, Ciryl Gane, é três anos mais novo que o americano, é ex-campeão interino dos pesados e dono de um cartel no MMA profissional de 11 vitórias em 12 lutas, a mais recente delas contra Tai Tuivasa, em setembro do ano passado.

Presidente do UFC, Dana White revelou que tentou anular única derrota de Jon Jones do MMA (Foto: Reprodução/UFC)

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