Dando o exemplo: Caio cita impacto na Almeida Jiu-Jitsu e mobilização da arte suave no combate ao coronavírus

* Ao redor do mundo, diversas academias de artes marciais fecharam as portas por conta da pandemia do novo coronavírus, e no Brasil não foi diferente. Uma das principais equipes do país, a Almeida Jiu-Jitsu seguiu as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde) e também fechou todas as suas unidades. Porém, isso não significa que o trabalho deve parar.
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Em entrevista à TATAME, Caio Almeida, um dos líderes da equipe – com sede em São Paulo -, comentou sobre o impacto do coronavírus (Covid-19) no dia a dia, mas destacou a importância de todos seguirem as orientações médicas. O faixa-preta ainda analisou o adiamento do Mundial de Jiu-Jitsu da IBJJF, entre outros eventos, e deixou uma mensagem para que os atletas não desanimem durante esse período de quarentena.
Confira o bate-papo abaixo:
– O coronavírus impactou nas atividades da academia? Se sim, de que forma?
O coronavírus teve, sim, impactado nas nossas atividades. Eu, o Diogo, o Gustavo e o Gaúcho decidimos fechar todas as unidades da Almeida JJ por enquanto, e estamos avaliando a situação constantemente. Uma coisa sou eu, Caio, ir treinar lesionado e tal, agora um vírus é algo que diz respeito a todo mundo, então temos que ter uma precaução muito maior e fazer todo o possível para evitar esse avanço.
– Quais medidas de precaução foram tomadas por parte da Almeida Jiu-Jitsu?
Compramos muito álcool em gel, orientamos os alunos a lavar bem as mãos antes do treino, quem estivesse gripado não ir treinar, aumentamos todos os cuidados, mas vendo a mobilização do resto da comunidade do Jiu-Jitsu – e do mundo -, decidimos fechar nossas academias também e estamos acompanhando.
– Como você recebeu a notícia do cancelamento do Mundial da IBJJF e outros eventos?
Verdadeiramente, frustrou (o cancelamento). Nosso time vinha se preparando forte desde o ano passado, mas também não tem como ficar triste ou bravo com as organizações. Acho que eles (IBJJF) acertaram no cancelamento dos eventos, fizeram o correto dada toda a situação que estamos passando. O Jiu-Jitsu é saúde, não a proliferação de uma doença. Foi uma decisão que atrapalhou os atletas, mas foi acertada.
– Em relação à comunidade da arte suave, vê ela no caminho certo nesse momento?
Minha visão sobre essa mobilização da nossa comunidade contra o coronavírus é de que as pessoas ainda não entenderam que a briga não é contra pegar o vírus, e sim contra conter o avanço dele. No Jiu-Jitsu os grandes líderes fizeram sua parte, tomaram atitudes e estão dando o exemplo. E nós devemos seguir.
– Deixe uma mensagem para os atletas e praticantes de Jiu-Jitsu nessa hora
Minha mensagem para eles é que não desanimem. O coronavírus está aí, então se cuidem, lavem bem as mãos, continuem com uma alimentação balanceada. Nós não deixamos de ser atletas profissionais, então temos que nos cuidar. Fazer atividade física em casa, de preferência com a orientação de um preparador. É a hora de separar os homens dos meninos e, mesmo com isso tudo, tirar proveito desse tempo em casa, não chutar o balde bebendo, fumando e etc, porque não está lutando. Não parem de produzir, esse é principal.
* Por Diogo Santarém