Superado por decisão dividida no UFC 251, Elizeu Capoeira discorda do resultado e critica jurado: ‘Tinha que ser banido’

Superado por decisão dividida no UFC 251, Elizeu Capoeira discorda do resultado e critica jurado: ‘Tinha que ser banido’

Elizeu Capoeira

* Em ação no último dia 11 de julho, no card do UFC 251, realizado na “ilha da luta”, em Abu Dhabi (EAU), Elizeu Capoeira teve pela frente o atleta Muslim Salikhov e, depois dos três rounds de combate, saiu derrotado por decisão dividida dos jurados. O resultado gerou muitas críticas por parte dos fãs de MMA e uma grande insatisfação do brasileiro, que após os 15 minutos de duelo, estava convencido de que havia vencido, o que não ocorreu.

Além do revés, o segundo em suas últimas três lutas, o atleta da “CM System” viu um dos juízes laterais pontuar 30 a 27 a favor de Salikhov, o que fez aumentar ainda mais o seu descontentamento. Em entrevista à TATAME, Capoeira expôs sua insatisfação, em especial com o jurado que marcou três rounds para o russo.

“Me senti totalmente injustiçado, mas estou saindo daqui (de Abu Dhabi) com a cabeça erguida. Eu sei que ganhei essa luta, os fãs também sabem. Todo mundo ficou apavorado com o resultado. Sem sentido nenhum um árbitro lateral dar 30 a 27. Um cara desse tinha que ser banido, não poderia nunca mais arbitrar uma luta, porque é vergonhoso, prejudicando atletas, prejudicando quem trabalha tanto para dar um show. A gente espera pelo menos que eles sejam corretos na decisão”, reclamou o brasileiro.

Confira a entrevista com Elizeu Capoeira na íntegra:

– Primeira reação ao ouvir a decisão dos jurados

Complicado… Eu estava ciente de que tinha vencido os três rounds e, consequentemente, a luta. Foi uma sensação ‘congelante’, na verdade. Na hora que o árbitro deu a decisão a favor do meu oponente (Salikhov), eu só congelei mesmo e não consegui ter reação nenhuma. Foi uma enorme decepção pra mim.

– Contagem dos rounds durante o combate

Na minha contagem, eu vi os três rounds pra mim. Eu ganhei o primeiro, consegui até abrir dois pontos no primeiro. No segundo, eu consegui dar um ‘flash’ nele, então poderia abrir mais um ponto. Mas, de qualquer forma, ganhei e administrei no terceiro round. Na minha opinião, foi assim que a luta desenvolveu.

– Críticas ao resultado e um dos jurados dando 30 a 27

Me senti totalmente injustiçado, mas estou saindo daqui (de Abu Dhabi) com a cabeça erguida. Eu sei que ganhei essa luta, os fãs também sabem. Todo mundo ficou apavorado com o resultado. Sem sentido nenhum um árbitro lateral dar 30 a 27. Um cara desse tinha que ser banido, não poderia nunca mais arbitrar uma luta, porque é vergonhoso, prejudicando atletas, prejudicando quem trabalha tanto para dar um show. A gente espera pelo menos que eles sejam corretos na decisão. A gente sabe muito bem que é complicado, uma derrota não é fácil. Por mais que todo mundo tenha visto que foi um roubo, isso (derrota) fica no cartel e é bem difícil. No final das contas, daqui a dois, três meses, quando tiver que lutar de novo, ninguém vai saber como foi o último resultado, se foi roubado ou não. Quando acontece uma coisa dessas, o cara (árbitro) não tem noção do quanto ele pode prejudicar o atleta, e dessa vez, o prejudicado fui eu.

 

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– Protesto contra o resultado e tentativa de recorrer

Recorrer a gente tentou, mas o problema é que depois que o árbitro dá o resultado, não tem como voltar atrás, é muito difícil. O negócio é trabalhar, eu não tenho preguiça, vou voltar e voltarei mais forte, como sempre. É bola pra frente, vida que segue. Só espero que o UFC abra mais os olhos e possa dar um pouco mais de valorização, afinal de contas, eu me dedico a isso, ao evento, ao esporte e só quero reconhecimento, fazer boas lutas e enfrentar grandes atletas para chegar em breve ao topo, que é o meu objetivo.

– Lição que tira após a polêmica derrota no UFC 251

Não tenho que tirar lição nenhuma. A única lição que tenho que tirar é que os árbitros precisam ser capacitados, simplesmente isso. Venho trabalhando da melhor forma, tento dar o meu melhor ali, luta a luta. Só espero nunca mais ter um árbitro como esse julgando a minha luta, pois foi uma decepção.

– Planos para a sua sequência no peso meio-médio

Eu pretendo lutar esse ano novamente, seja mais uma ou duas vezes, tudo depende também de como a organização vai me chamar. Com essa pandemia, não é fácil se manter ativo nos treinos, porque as academias estão fechadas, não pode ter aglomeração, não pode juntar os companheiros de treino. Mas a gente vai tentar manter, de alguma forma, para que eu possa estar apto quando o UFC chamar novamente.

* Por Diogo Santarém