Diego Lopes representa o México? Estrela mexicana do UFC se irrita e dispara: ‘Não concordo’

Às vésperas do UFC 314, que acontece neste sábado (12), uma tensão simbólica se desenha nos bastidores da divisão dos penas. Apesar de estar em ascensão meteórica e ter adotado a bandeira mexicana como símbolo de sua trajetória no Ultimate, Diego Lopes ainda enfrenta resistência por parte de nomes consagrados do país — em especial, Yair Rodriguez, que também estará em ação no evento, que acontece em Miami (EUA).

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Durante entrevista coletiva no Media Day para o UFC 314, Yair Rodriguez, ex-campeão interino dos penas, expressou desconforto com o fato de Diego, brasileiro de nascimento, representar o México de forma ostensiva. Para “El Pantera”, o vínculo com uma nação vai além de escolhas estratégicas ou marqueteiras, sendo resultado de raízes, vivência e representatividade autêntica.

“Eu não concordo com isso. Moro nos Estados Unidos há mais de 10 anos. Minha namorada é americana, eu falo inglês e não é por isso que represento a bandeira americana – para ter seguidores americanos. Eu sou mexicano. Tenho orgulho disso. Sempre que me perguntam, digo que tenho problema com isso (sobre Diego Lopes representar o México)”, disse Rodriguez.

A crítica, embora velada, traz à tona uma disputa não apenas esportiva, mas também simbólica. Mesmo reconhecendo o direito da torcida em escolher seus ídolos, Yair Rodriguez sugere que o apoio a Diego Lopes em um eventual confronto direto entre eles seria uma desconsideração ao legado que vem construindo dentro do octógono.

“Tenho me matado pelos últimos 10 anos pelo meu país. Se eles decidirem ficar com Diego, se tivermos que lutar, isso é com eles.”, concluiu o atleta.

Antes que uma rivalidade entre os dois possa se concretizar no cage, ambos têm desafios cruciais neste sábado (12). Diego Lopes encara Alexander Volkanovski pelo cinturão linear dos penas, em uma disputa que pode consolidá-lo entre os grandes nomes da categoria. Já Yair Rodriguez enfrenta o experiente Patrício Pitbull, que faz sua estreia oficial no UFC após anos de protagonismo no Bellator.

O evento tem potencial para definir não só o futuro imediato da divisão, mas também a narrativa identitária em torno da bandeira mexicana no MMA global.

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