Do Surfe ao MMA, jornalista relembra trajetória e cita aprendizados com as artes marciais: ‘Desafiador e gratificante’

Do Surfe ao MMA, jornalista relembra trajetória e cita aprendizados com as artes marciais: ‘Desafiador e gratificante’

Natural de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, Fernanda Eid se encaixa perfeitamente no perfil de profissional que encara qualquer tipo de desafio para ir em busca dos seus sonhos. Apaixonada pelo Surf, a jornalista já passou por diversas editorias e já viajou por alguns países visando aperfeiçoar seus conhecimentos. Após acumular inúmeras experiências na área, a paulista recebeu, em 2019, a chance de trabalhar para o canal Woohoo, que trata diariamente sobre diversos esportes e temas.

Fernanda passou a trabalhar com o jornalismo esportivo – seu grande objetivo na profissão – e, consequentemente, viu seu trabalho se alinhar com o Surf, entre outros esportes que a fizeram adquirir “bagagem” em um meio que exige experiência e cada vez mais versatilidade.

“Fiz minha faculdade em São Paulo (Mackenzie) e trabalhei com assessoria, marketing digital, área de turismo, várias áreas diferentes, até que eu tive a oportunidade de trabalhar na Rádio Bandeirantes, em SP, por um ano de meio, onde fazia assistência de produção e também reportagem. Depois disso, fiquei um tempo na Austrália para aprender o inglês. Voltei para Ribeirão Preto, onde trabalhei com o prefeito e exerci diversas funções, foi um grande aprendizado. Depois, mudei para uma produtora, mas eu não estava feliz lá, desejava uma coisa maior, sempre tive vontade de trabalhar com TV, com reportagem… Sentia que não estava no lugar certo. Sempre gostei de viajar, já visitei alguns países, e numa dessas viagens para a Austrália, eu quis entrevistar os surfistas – sempre fui apaixonada por Surf -, e nesse momento eu fiz contato com o pessoal do Woohoo. Eles precisaram de uma repórter lá, eu me coloquei à disposição e disse que sempre tentei trabalhar, era um sonho.

Num certo dia, eles estavam precisando de uma repórter para substituir uma pessoa temporária e me ligaram, numa época que eu estava bem desmotivada com o meu trabalho. Acabou que deu certo, passei no processo seletivo e saí de Ribeirão Preto rumo ao Rio de Janeiro. Já trabalhava com Surf no meu blog pessoal, já tinha algumas experiências e pintou a oportunidade de vir para o Woohoo, então casou tudo perfeitamente. Também tive outras experiências, cobri Basquete, Skate, música, arte, entre outras coisas, e assim fui me desenvolvendo”, contou.

O grande desafio, entretanto, ainda estava por vir. Adaptada com o Surf, Fernanda Eid recebeu a missão de passar a acompanhar de perto o MMA, seja através da cobertura de eventos ou de entrevistas especiais. O que, de início, foi uma surpresa, se tornou uma certa “obsessão” para a jornalista, que atualmente se dedica excessivamente ao estudo das artes marciais mistas.

“Recebemos a informação de que iríamos falar de MMA/artes marciais. A primeira reação foi de surpresa, porque são esportes completamente diferentes, estilos e ambientes completamente diferentes. O Surf é pé na areia, é gíria, é informal, e o MMA é diferente, outro ambiente, o público é diferente, os entrevistados também. A primeira impressão foi: ‘Meu Deus, como assim? (risos)’. Mas vem me surpreendendo muito. Eu tive a oportunidade de cobrir dois eventos do Jungle Fight e foram experiências excelentes. Passei a estudar muito, os termos do esporte, as perguntas que eu poderia fazer, passei a acompanhar portais do Brasil e do mundo voltados para o MMA, vídeos dos lutadores. É um esporte que está crescendo muito, percebi que é um esporte muito mais comum do que eu imaginava, que muita gente pratica. Além disso, a principal fonte de informação são as pessoas que a gente entrevista. Tive a oportunidade de entrevistar lutadores, árbitros, o Wallid Ismail, presidente do Jungle Fight, e com eles pude aprender demais durante esse período.

Eu lidei muito bem com essa mudança, todo mundo está se ajudando. Eu já conhecia o esporte, só que não como o Surf, e sim como uma pessoa ‘normal’. Hoje em dia, obviamente, é que procuro estudar e acompanhar todos os dias. Tem sido incrível essa experiência, porque sigo na área esportiva, o que é muito bom, porque por trás de pessoas, a gente tem histórias de superação, histórias de vida, e é isso que o canal está buscando. A gente não é um canal de lutas, somos um canal de histórias de vida, de comportamento. Todo atleta carrega uma história, e é isso que a gente quer descobrir. É muito desafiador e gratificante ao mesmo tempo. O MMA tem pessoas fantásticas, no Jiu-Jitsu tem a questão da disciplina, então eu penso que a gente tem muito a aprender com tudo isso. São pessoas apaixonadas pelo o que fazem, e nisso a gente se identifica, porque eu saí de Ribeirão Preto para ir em busca do meu sonho, e eles, cada um com sua história, buscam o mesmo”, disse Fernanda, que por fim, falou um pouco do que espera do ano de 2020 para si mesma e também para o Canal Woohoo.

“Espero que o Woohoo cresça ainda mais em 2020, que a gente possa contar histórias incríveis envolvendo as artes marciais como um todo. Que, mais do que o esporte e superações, sejam realmente histórias, que as pessoas gostem de assistir nosso canal, e que eu possa aprender ainda mais como profissional, em diversas áreas. Cheguei como temporária e acabei sendo contratada, então espero fazer ainda mais pelo canal e seguir evoluindo como um todo”.