Do Val fala de volta triunfal após cirurgia, mas revela cautela com o ombro: ‘Ainda está bem danificado’

Do Val fala de volta triunfal após cirurgia, mas revela cautela com o ombro: ‘Ainda está bem danificado’

Por Mateus Machado 

Campeã em sua categoria no Europeu de Jiu-Jitsu, em janeiro, Cláudia do Val precisou de uma “pausa forçada” para fazer uma cirurgia no ombro após sofrer uma lesão. Após o procedimento, a faixa-preta retornou no Pan-Americano, em março, onde também foi a grande vencedora em sua divisão. Além disso, a lutadora brilhou no Floripa Open, realizado no último final de semana, e juntando as disputas com e sem quimono, faturou quatro ouros.

Nas próximas metas de Cláudia para o restante da temporada, estão o Mundial adulto e também o Mundial master, o primeiro da atleta, que completa 30 anos em 2018. Em entrevista exclusiva à TATAME, Do Val comentou sobre as principais dificuldades em seu retorno após a cirurgia, os títulos no Floripa Open, as metas para a temporada e os sonhos que ainda pretende realizar na carreira.

Confira a entrevista completa:

– Principais dificuldades na volta após a cirurgia no ombro

A cirurgia foi ‘simples’ no sentido de que não mexeu muito ali dentro, o ombro estava, e está ainda, muito danificado. Procurei um dos melhores médicos do Brasil e ele fez tudo o que estava ao alcance dele, porém, devido ao dano, o ombro jamais ficará 100%. Sei que fui precipitada na minha volta, mas parte de mim acredita que não tenho muito tempo no alto rendimento e quero fazer tudo que posso fazer. Ainda estou trabalhando na recuperação do ombro, mas com consciência de que não há de fato uma ‘cura’.

– Títulos conquistados no Floripa Open

Acredito que dei tudo de mim nas lutas, tudo o que eu tinha no momento, mas não estava treinando direito nos dois últimos meses (devido à cirurgia e viagens), então senti falta de ritmo e força. Lutei com a Aninha Schmidt no quimono e foi uma luta duríssima.

– Próximas metas para a temporada

Minha principal preocupação agora é deixar o meu ombro o mais forte possível para o Mundial adulto e o Mundial de masters. As categorias estão cada vez mais cheias e sei que o desafio só aumenta. Estou bem ansiosa pra essas competições e, como sempre, quero dar o meu melhor.

– Sonhos para os próximos anos

Tenho o sonho de entrar para o Hall da Fama da IBJJF e competir até quando o corpo deixar. Além disso, um dia ainda pretendo ter minha própria academia.