Em busca da quarta vitória, Nicolini exalta camp com Demian e projeta: ‘ONE será o maior evento do mundo’

Em busca da quarta vitória, Nicolini exalta camp com Demian e projeta: ‘ONE será o maior evento do mundo’

Por Yago Rédua

Michelle Nicolini vai subir ao cage do ONE Championship pela quarta vez na carreira nesta sexta-feira (9). Invicta na organização e com todas as três lutas vencidas no primeiro round, a brasileira terá pela frente Tifanny Teo. À TATAME, a faixa-preta de Jiu-Jitsu destacou sua preparação realizada na Vila da Luta sob o comando de Demian Maia.

“No meio da minha última viagem para seminários nos Estados Unidos e Europa, eu fui informada da luta. Não quis recusar e já comecei a treinar. Voltei para São Paulo faltando sete semanas (para a luta) e na Vila da Luta, academia do Demian Maia, começamos o camp. Corremos atrás do tempo perdido e deu tudo certo. Treinei bastante Wrestling, aproximação. Estou no lugar certo e treinando com as melhores pessoas. Demian muitas vezes para o treino dele para me corrigir e me ajudar em algo. É muito legal, porque todos os treinadores da Vila da Luta já passaram por esses caminhos de adaptação do Jiu-Jitsu para o MMA com Demian. Eles já sabem a receita do sucesso, somada à minha dedicação em aprender, em treinar, isso dá mais do que certo. E é o que estamos fazendo. A equipe lá é ótima perfeita para mim”, disse a brasileira, que fez uma análise da sua oponente.

“Ela é uma garota que veio subindo no evento e é local de Cingapura. Acho que queriam que ela fosse a detentora do cinturão, mas acabou perdendo na disputa. Tem um bom Muay Thai e é faixa-azul de Jiu-Jitsu. Ela gosta do clinch, de agarrar na luta, então, é por aí que vou impor meu jogo”, analisou Michelle Nicolini, que vem de três finalizações no ONE.

Sobre as aquisições de Demetrious Johnson e Eddie Alvarez, ex-campeões do UFC, Nicolini fez um balanço das contratações. A brasileira, com sua experiência, explicou como isso funciona dentro da franquia e que se sente “muito feliz” por fazer parte do plantel.

“O ONE está crescendo muito. Eu estou feliz e satisfeita. Eles tratam os atletas como seres humanos e não como números, não vemos, por exemplo, a organização forçando o ‘trash talk’ para chamar mais atenção, atrair mais público e seguidores. Aquisições como Eddie (Alvarez) e o Demetrious Johnson são excelentes. O evento é ótimo, só precisa de cards mais atrativos as vezes”, disse Michelle, que seguiu dando sua opinião sobre o ONE.

“Eles dão muita prioridade para atletas locais, transformam um simples homem em ídolo do país. Geralmente, são lutadores das Filipinas, Indonésia, Malásia… Claro que depende do atleta, mas com esses campeões locais, o ONE consegue trazer esperança para muitas pessoas desses países mais humildes. Por isso, às vezes, não contamos com grandes nomes americanos nos cards. Mas, aos poucos, estão incrementando. Em 2019, teremos dois GPs e várias novidades. A Ásia não é muito explorada, então temos oportunidades maiores por aqui e o evento ainda vai ser o maior do mundo, podem apostar”, encerrou.