Em busca da ‘trinca’ no UFC, Rodolfo Vieira fala da evolução na luta em pé, mas mantém foco no Jiu-Jitsu: ‘´É a minha especialidade’

Em busca da ‘trinca’ no UFC, Rodolfo Vieira fala da evolução na luta em pé, mas mantém foco no Jiu-Jitsu: ‘´É a minha especialidade’

* Invicto no MMA, com sete vitórias, sendo duas delas pelo Ultimate, Rodolfo Vieira retorna ao octógono da organização no próximo sábado (13), em duelo diante de Anthony Hernandez no card do UFC 258, em Las Vegas (EUA). Multicampeão no Jiu-Jitsu, o faixa-preta está construindo uma trajetória promissora nas artes marciais mistas e um novo triunfo, principalmente se ocorrer por via rápida (nocaute ou finalização), pode deixá-lo ainda mais próximo do Top 15 do ranking peso-médio do UFC.

Até o momento, nas duas lutas que realizou pela companhia, o “Caçador de Faixa-Preta” colocou em ação seu eficiente jogo de chão e, sem maiores dificuldades, finalizou Oskar Piechota e Saparbek Safarov, respectivamente. Dessa vez, Rodolfo Vieira terá pela frente Hernandez, que também tem a luta agarrada como principal arma e, de seus sete resultados positivos no cartel, saiu vencedor por finalização em cinco deles. Apesar disso, o pentacampeão mundial de Jiu-Jitsu revelou que seu plano principal segue sendo a arte suave e a busca pela submissão, como contou em conversa com a TATAME.

“Por mais que ele tenha muitas finalizações no cartel, não acredito que vai trocar Jiu-Jitsu comigo e nem vai querer que eu derrube ele (risos). Eu acredito no meu Jiu-Jitsu, no meu jogo e, independentemente se o cara tem muitas finalizações ou não, é o que eu vou fazer. Não vou respeitar o Jiu-Jitsu de ninguém ali dentro”, garantiu.

Ao longo da entrevista, o lutador, de 31 anos, falou sobre sua preparação para o confronto diante de Anthony Hernandez, a evolução que vem adquirindo na luta em pé e revelou que, após a luta do próximo sábado, pretende entrar em ação pelo menos mais duas vezes neste ano.

Confira a entrevista na íntegra com Rodolfo Vieira: 

– Preparação para o duelo do próximo sábado

Tem sido ótimo, fiz um camp excelente. Infelizmente, minha luta do ano passado caiu, porque me machuquei. Depois, remarcaram, e aí meu oponente pegou Covid-19. Tive mais tempo para treinar, foi algo bom e ruim. Eu já estava pronto para lutar, fiz um bom camp, mas acabou que tive tempo para me preparar ainda mais. Treinei forte por mais três semanas e estou pronto para buscar mais uma vitória.

– Confiança no Jiu-Jitsu contra adversário oriundo da luta agarrada

Acho que ele vai evitar a luta de chão comigo. Por mais que ele tenha muitas finalizações no cartel, não acredito que vai trocar Jiu-Jitsu comigo e nem vai querer que eu derrube ele (risos). Os dois caras que eu enfrentei no UFC eram voltados para a luta agarrada. Eu acredito no meu Jiu-Jitsu, no meu jogo e, independentemente se o cara tem muitas finalizações ou não, é o que eu vou fazer. Não vou respeitar o Jiu-Jitsu de ninguém ali dentro.

– Evolução na luta em pé

Da última vez, eu já estava um pouco mais confortável. Claro que hoje eu já estou melhor do que na minha última luta, a minha evolução foi bem visível. Infelizmente não tenho meu treinador de Boxe comigo o tempo todo, então isso me atrapalha e atrasa minha evolução, por ter que treinar essa parte, basicamente, sozinho, e é a parte que eu mais necessito. Mas eu consegui trazer o Kelson (Pinto) 20 dias antes da minha luta, deu para ajustar o jogo. No treino eu já sou um cara que costuma explorar mais essa parte da luta em pé. Claro que na luta eu vou e faço meu plano de jogo, que é encurtar a distância e botar para baixo, mas nos treinos eu tento ir pegando confiança. Mas independentemente de ter confiança ou não, chegando na luta, quero fazer o que me fez chegar até aqui, que é o Jiu-Jitsu, que é minha especialidade e sei que é onde meus adversários vão ter problema.

– Planos de ser mais ativo no UFC e ‘cautela’ sobre os próximos passos

Ano passado, graças a Deus, eu consegui fazer uma luta ainda, em março. Depois, veio a pandemia, lockdown, mas se for parar para ver, desde que comecei no MMA, eu faço duas lutas no ano. Em 2020, era para ter sido a mesma coisa, mas acabei me machucando. Esse ano estou feliz de já lutar no início do ano, e depois dessa, pretendo fazer pelo menos mais duas, quero quebrar isso de fazer duas lutas por ano. Sobre o ranking e próximos adversários, ainda está cedo para falar sobre, tenho uma luta dura no sábado, que preciso vencer e depois conversar com meu empresário e minha equipe para ver o que vai ser feito. Só quero vencer no sábado, o resto a gente vê depois.

CARD COMPLETO:

UFC 258
UFC Apex, em Las Vegas (EUA)
Sábado, 13 de fevereiro de 2021

Card principal (0h, horário de Brasília)
Peso-meio-médio: Kamaru Usman x Gilbert Durinho
Peso-mosca: Maycee Barber x Alexa Grasso
Peso-médio: Kelvin Gastelum x Ian Heinisch
Peso-galo: Andre Ewell x Chris Gutierrez
Peso-médio: Maki Pitolo x Julian Marquez

Card preliminar (20h30, horário de Brasília)
Peso-leve: Jim Miller x Bobby Green
Peso-médio: Rodolfo Vieira x Anthony Hernandez
Peso-meio-médio: Belal Muhammad x Dhiego Lima
Peso-palha: Polyana Viana x Mallory Martin
Peso-pena: Ricky Simón x Brian Kelleher
Peso-meio-médio: Gabriel Green x Phil Rowe
Peso-mosca: Gillian Robertson x Miranda Maverick

* Por Mateus Machado