Em busca do título do SFT MMA, Karine Killer revela inspirações em campeãs e persistência para superar obstáculos

Em busca do título do SFT MMA, Karine Killer revela inspirações em campeãs e persistência para superar obstáculos

O MMA brasileiro vive o momento das mulheres com os dois títulos de Amanda Nunes no UFC, o cinturão de Cris Cyborg no Bellator, além de Jéssica Bate-Estaca que recentemente foi campeã do Ultimate. Karine Killer, destaque da modalidade dentro do país, pertence ao plantel do SFT MMA e após esse período de quarentena, por conta da pandemia do novo coronavírus, tem uma disputa de cinturão prometida pela organização.

No caminho para se tornar um grande nome do esporte, Karine citou a importância da “Leoa” e Cyborg neste atual cenário de destaque do MMA feminino: “Graças a Deus, as mulheres estão conquistando um espaço importante no MMA, de certa forma, mulheres como Amanda Nunes e (Cris) Cyborg foram abrindo caminhos e dando visibilidade para que todas as atletas tenham o reconhecimento merecido”, comentou.

Já sobre a disputa de cinturão no peso-galo, “Killer” apontou a preparação que terá com a sua equipe como um dos trunfos para ficar com o título. Além disso, acredita que é um importante reconhecimento disputar o title shot de uma grande organização, como é o SFT.

“Acredito que essa oportunidade é fruto de um trabalho bem feito, tanto da minha equipe Gile Ribeiro, do meu preparador físico Patrick Cardoso, juntamente com as pessoas que acreditam no meu sonho e estão ao meu lado. A disputa de cinturão é o reconhecimento que o SFT e o presidente do evento (David Hudson) teve comigo como atleta. Estou extremamente feliz e honrada por ser a escolhida para disputar esse cinturão”, apontou a atleta, explicando como tem mantido a forma na quarentena.

“Tento treinar da melhor forma possível, mesmo não treinando na academia. Meu preparador físico me auxilia nos treinos que faço em casa e mantenho a dieta”, relatou.

Início e dificuldades no MMA

Com um cartel de 12 vitórias e quatro derrotas, segundo o site Tapology, “Killer” revelou que iniciou no esporte para sair do sedentarismo. A atleta contou que queria diminuir o peso, mas começou a treinar artes marciais e não parou mais: “Tinha uma vida sedentária e era bem gordinha… Então, resolvi fazer algo para ter uma qualidade de vida melhor e diminuir o peso. Foi quando comecei a fazer musculação e, em umas das salas da academia, tinha aulas de Boxe Chinês. Fiz uma aula experimental e me apaixonei pela arte. Depois de um tempo e de algumas competições, eu migrei para o MMA”, relembrou.

A realidade de um atleta no Brasil não é nada fácil. Karine contou que se dedica quase integralmente ao MMA e não consegue ter uma outra fonte de renda. A atleta afirmou mantém o foco no que faz, por causa do “amor” que tem pela modalidade.

“Ser atleta no Brasil é saber que você faz por amor, por mais que você levante a bandeira do seu país ou estado, você não tem apoio nem recurso que possam te ajudar. A cada dia é uma batalha pra se manter em pé e ir em busca de realizar os sonhos. Umas das maiores dificuldades acredito que da grande maioria dos atletas é a falta de patrocínio”, relatou “Killer”.

Apesar das dificuldades, Karine não desanima e busca potencializar todas as suas energias no seu próximo grande desafio, que é o cinturão do SFT: “Como sempre falo, um passo de cada vez, um trabalho bem feito e de qualidade, ganha seu reconhecimento, seus méritos e as oportunidades aparecem. Quero ser campeã da minha categoria e estar sempre entre as melhores, porque assim terei que me superar todos os dias e amanhã ser melhor do que fui hoje. Nunca parar, sempre evoluir, estudar, me dedicar e ser meu maior desafio”, encerrou.