Em negociação com o LFA, presidente do Taura MMA revela segredos para conciliar rotinas de atleta e empresário
A rotina de Djônatan Leão está longe de ser monótona: com apenas 27 anos de idade, o gaúcho natural da cidade de Viamão, no Rio Grande do Sul, não só já ocupa o posto de líder da academia Team Nogueira da sua região, como também é o de presidente do Taura MMA, um dos maiores eventos de luta do país. Conciliar tais funções já demanda comprometimento e organização acima do comum. Apesar disso, Djônatan estipulou um novo desafio para a sua carreira em 2020: voltar a competir profissionalmente.
Com breve passagem pelo MMA profissional, Djônatan realizou apenas duas lutas em 2014, quando acumulou uma vitória e uma derrota. Depois disso, passou a se dedicar a outras atribuições e deixou a dura rotina dos treinamentos de lado. Agora estabilizado profissionalmente, o atleta gaúcho garante que este é o melhor momento para voltar a competir. E já projeta o retorno em estilo, atuando em um grande evento.
“Estou em negociação para lutar no LFA, nos EUA, a data está em aberto, ainda estou em negociação de contrato”, revelou. “Eu nunca queria ter parado (de lutar). A vontade de voltar a lutar surgiu porque estou um pouco mais adaptado e as coisas estão um pouco mais estabilizadas como empresário, e como tenho uma equipe eficaz, consigo me dedicar aos treinos. Lutar faz eu me sentir vivo, então virou o ano e me deu uma vontade enorme de lutar em 2020, quero voltar com tudo”, projetou o casca-grossa.
À frente do comando da academia Team Nogueira Viamão – que leva o sobrenome do ex-campeão do UFC Rodrigo Minotauro e do seu irmão Rogério Minotouro -, Djônatan elege a rigorosa disciplina como fator preponderante para o sucesso. Segundo o ex-peso-leve (70kg), que está migrando para os meio-médios (77kg), é preciso organizar o tempo com rigor para conseguir conciliar todas as atribuições do dia a dia.
“Estou em constante crescimento como empresário, há alguns anos estou à frente da franquia Team Nogueira Viamão no Rio Grande do Sul, e é uma academia que abre das 6 da manhã até às 23 horas, temos muitos alunos, então é bem corrido. Além disso, tenho as atribuições do Taura MMA, que hoje é um dos maiores eventos do Brasil, então é bem difícil conciliar o lado de empresário com a academia, o lado de empresário com o evento Taura, também com as atribuições de head coach (treinador principal da academia), e ainda conseguir tempo para treinar e lutar. Então, é tudo bem corrido”, relatou.
“O único jeito para conseguir é não deixar que ninguém me incomode enquanto estiver treinando e ter disciplina. Disciplina é a chave do sucesso. Parar e fazer a quantidade de treinos necessários no dia”, falou.
Além de eleger a disciplina como fator preponderante para o seu sucesso pessoal, Djônatan também parece ter a solução para as dificuldades que passam os promotores de eventos de MMA no Brasil, que sofrem com os altos custos de produção dos shows no país. De acordo com o presidente do Taura, os principais eventos de MMA devem se apoiar, pois, somente assim, existirá a possibilidade de prosperarem, já que a concorrência internacional e a dificuldade de captação de patrocínio ainda são grandes no esporte.
“A minha visão do MMA no Brasil para 2020 é união. Unir todos os eventos, matchmakers, promotores… A união faz a diferença nesse esporte. Não devemos disputar, e sim nos ajudar. Afinal, o MMA é um esporte que cresce muito, mas a gente pode crescer muito mais nos ajudando. A gente já tem uma parceria bem legal, o Taura, o Max Fight, o Future MMA… E quanto mais eventos agregarem, nós só teremos a ganhar”.