Embalada, Virna Jandiroba mira duelo de ‘especialistas no Jiu-Jitsu’ contra Mackenzie no UFC 256: ‘Vou dar tudo de mim’

Embalada, Virna Jandiroba mira duelo de ‘especialistas no Jiu-Jitsu’ contra Mackenzie no UFC 256: ‘Vou dar tudo de mim’

* Após estrear com derrota na maior organização de MMA do mundo, Virna Jandiroba vem se recuperando e, em suas últimas lutas, conquistou duas boas vitórias, sobre Mallory Martin e Felice Herrig, respectivamente, ambas por finalização. Os triunfos, inclusive, renderam uma renovação de contrato da “Carcará” com o Ultimate. Agora, a próxima parada da brasileira será no dia 12 de dezembro, em Las Vegas (EUA), quando Virna vai ter pela frente a casca-grossa Mackenzie Dern no UFC 256, em duelo pela divisão dos palhas.

Em entrevista à TATAME antes da confirmação do combate, Virna já havia especulado Mackenzie como uma possível adversária, e teve seu pedido para enfrentar uma rival ranqueada atendido por parte do Ultimate. Enquanto Jandiroba se encontra na 14ª posição do ranking peso-palha, Dern é a 13ª.

“Quero pegar uma menina ranqueada a seguir para ir construindo meu caminho rumo a uma disputa de cinturão. Sobre meu estilo, eu nunca escondi que meu ponto forte é o Jiu-Jitsu, apesar de treinar bastante também a parte de trocação. Sobretudo depois da luta com a Carla Esparza (estreia com derrota no UFC, em 2019), eu fiquei em Salvador com o Luiz Dórea por seis meses, depois voltei para treinar Muay Thai e continuo treinando em pé. Porém, meu ponto forte e onde eu mais me sinto confortável é no chão, e a Mackenzie também tem um chão muito bom. Não sei se o meu Jiu-Jitsu o melhor da categoria, mas com certeza é um dos melhores”, opinou a brasileira, que treina arte suave há aproximadamente 15 anos.

Com duas faixas-preta, a expectativa para o duelo entre Virna e Mackenzie é que ele se desenrole no chão, tendo Jiu-Jitsu como principal atração. A “Carcará”, inclusive, conquistou um dos bônus de “Performance da Noite” em sua última apresentação, no UFC 252, em agosto, quando finalizou Felice Herrig no armlock.

“Quando eu treino, e sobretudo nesse camp (contra a Felice), eu sempre pensava nessa posição e comentava com meus amigos de treino que essa finalização dava prêmio. Só não esperava que fosse ser no armlock, e sei que o prêmio também não foi só pelo armlock, foi pela boa performance em si. Eu e minha equipe estávamos buscando isso, e quando acabou a luta imaginei que poderia ganhar um dos bônus, e felizmente ele veio (risos). Vou usar o dinheiro para investir na minha casa e em mim como atleta, melhorar cada vez mais”, disse a peso-palha sobre o bônus de 50 mil dólares, cerca de R$ 280 mil.

Por fim, Virna Jandiroba celebrou o bom momento e, aos 32 anos e com um cartel no MMA profissional de 16 vitórias e apenas um revés, projetou o que os fãs podem esperar da sua sequência no octógono.

“Me sinto muito bem com as minhas duas últimas vitórias, sobretudo com a última luta (Felice Herrig). Eu estreei no UFC com uma derrota, muitas vezes isso pode deixar a pessoa mais insegura, abalar, mas no meu caso a derrota só me deixou mais forte. Então estou muito feliz pelo meu momento, ganhando expressão na organização, e é crescer mais e mais”, afirmou a lutadora, que completou:

“Algo que os meus fãs podem esperar de mim, independente de vitória ou derrota, é uma Virna aguerrida, que dá tudo de si lá dentro (do cage), é o que eu faço na luta e na vida: dou tudo de mim. Não guardo arrependimentos, e quem luta sabe disso… A pior sensação é você sentir que não fez tudo que você podia”.

* Por Diogo Santarém