Embalado por ouro no Mundial No-Gi, Ribamar prega respeito aos adversários no Europeu 2020: ‘São todos muito bons’

Embalado por ouro no Mundial No-Gi, Ribamar prega respeito aos adversários no Europeu 2020: ‘São todos muito bons’

* Após brilhar na disputa do Mundial No-Gi, realizado em dezembro, na Califórnia (EUA), onde ficou com a medalha de ouro na categoria meio-pesado, Manuel Ribamar está pronto para o seu próximo grande desafio. O faixa-preta será uma das principais atrações do Europeu de Jiu-Jitsu da IBJJF, que teve início na última segunda-feira (20) e vai até o domingo (26), em Odivelas, Portugal.

Ribamar está novamente confirmado para entrar em ação na divisão meio-pesado, que ainda conta com nomes como Yan Cabral, Rudson Mateus, Espen Mathiesen, Gabriel Almeida, entre outros. Em entrevista à TATAME, o casca-grossa afirmou que apenas manteve o que vem fazendo em seus treinamentos recentes, apostando em seus resultados positivos e no bom ritmo de competição que vem adquirindo desde a última temporada da arte suave.

“Eu não tive que fazer tanta coisa de diferente visando o Europeu. Acredito que os treinos estão melhores a cada dia. Eu estou aprendendo a cada dia mais e procurando sair da zona de conforto. Eu sou igual cachorro de briga, né? (risos) Eu gosto muito de competição e de evoluir, tento fazer sempre o meu melhor e não vai ser diferente dessa vez. Tenho o objetivo muito poderoso de glorificar o nome de Jesus através de vitórias e de testemunhos”,  disse Manuel, que falou sobre sua boa fase nos últimos dois anos e as metas para 2020.

“Acho que há dois anos que eu sou a melhor versão de mim nos meus tempos como atleta. Estou mais experiente e ainda não atingi nem os 80% da capacidade que considero ter. Mal posso esperar para me ver 100%. Gosto de pensar no agora, pois Deus fala que o amanhã trará suas próprias consequências, então eu estou focado somente no que vou fazer hoje. Depois converso com meu time e minha esposa e vejo a possibilidade de outra competição, mas tenho luta marcada para 22 de fevereiro, no F2W 139”.

Ciente dos grandes desafios que terá pela frente na disputa do Europeu de Jiu-Jitsu, Manuel Ribamar pregou respeito aos seus adversários e, por mais que seja um dos grandes favoritos ao título da divisão, sabe que não terá vida fácil em sua caminhada rumo ao lugar mais alto do pódio no campeonato em Portugal.

“Sobre o Europeu, como todos sabem, existem 20 inscritos e todos são muito bons. Todos nós temos a mesma capacidade como atletas que treinam diariamente, mas eu acredito que um atleta profissional não visa o nome do adversário. Eu vejo apenas como ‘jogador 1, jogador 2, jogador 3’… Sem desrespeitar”.

Considerado um dos principais faixas-preta da atualidade, Ribamar foi mais um entre diversos atletas a precisar partir para outro país visando um melhor desenvolvimento de sua carreira, além da busca por valorização. Morando nos Estados Unidos com sua esposa, a também faixa-preta Nathiely Jesus, o amazonense falou sobre a falta de apoio e de patrocínios no Brasil, o que obriga muitos lutadores a migrar.

“Eu vejo (a ida para outros países) como uma caminhada em busca dos sonhos. Infelizmente, nós viajamos para fora por causa da visibilidade e por valorização. Seria um sonho ver mais empresas brasileiras investindo nos seus atletas. A única forma de você permanecer no Brasil sendo profissional de Jiu-Jitsu é se você estiver no nível de um Buchecha, de Leandro Lo, que são patrocinados por marcas americanas, por isso conseguem ter uma vida boa, e também a visibilidade te ajuda muito a conquistar muitas coisas que você nunca imaginou que conquistaria, é o famoso marketing. Sem marketing, como diz o famoso ditado – mesmo não concordando -, quem não é visto não é lembrado, então é preciso trabalhar”, encerrou.

* Por Mateus Machado