Embalado, Rani Yahya aposta em combate com Simon no UFC 234 indo para o chão e diz: ‘Luta boa pra mim’
ORLANDO, FL - FEBRUARY 24: (L-R) Rani Yahya of Brazil attempts to secure a crucifix submission against Russell Doane in their bantamweight bout during the UFC Fight Night event at Amway Center on February 24, 2018 in Orlando, Florida. (Photo by Jeff Bottari/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images)
Por Diogo Santarém e Yago Rédua
Em alta no Ultimate com três vitórias seguidas, Rani Yahya encara o primeiro desafio em 2019 neste sábado (9), pelo UFC 234, na Austrália. O compromisso do faixa-preta de Jiu-Jitsu será Ricky Simon, que é ex-campeão do LFA, no entanto, irá apenas para a terceira luta dentro da franquia. Em bate-papo com a TATAME, o lutador fez uma análise do rival.
“Ele é um wrestler que gosta da trocação. Não é um wrestler de calibre muito alto. Eu já treinei com atletas do Wrestling de nível mais alto e consegui derrubar, cair por cima e desenvolver o meu jogo. A tendência é que essa luta vá para o chão, que é a área que eu me sinto confortável. E na trocação estou muito afiado. Provavelmente, ele tente se manter em pé, apesar de acreditar que ele não vá fugir das características dele, que ele faz em todas as suas lutas, que é tentar derrubar e ir para o chão. Mas ele pode querer usar essa estratégia de se manter em pé. Mas eu me vejo me dando bem, porque é um casamento de luta muito bom pra mim”, analisou o brasileiro, que finalizou as três últimas lutas.
Além disso, Rani, atualmente na 15ª posição do ranking dos galos, disse que esperava um adversário ranqueado, porém, valorizou o fato de Simon ser ex-campeão do LFA – que revela diversos atletas para o próprio UFC. O brasileiro comentou sobre o camp na ATT, a chance de lutar no mesmo card que Anderson Silva e qual lutador gostaria de desafiar.
Confira a entrevista na íntegra abaixo:
– Jogo de trocação mais afiado
Eu fiz somente um treino aqui na Austrália, com o Peter Hatton, mas ele me deu uns toques bons. Na verdade, eu tô treinando trocação há bastante tempo. Treino numa equipe de Kickboxing lá em Brasília, na RKT, que tem excelentes atletas de Kickboxing do Glory. Aí, eu fui para American Top Team fazer meu camp como eu sempre faço. Lá, eu tenho excelentes treinadores na trocação, como o Anderson França, que é treinador da Amanda (Nunes) e do Edson (Barboza), o Macarrão, Katel… Todo esse pessoal é muito bom. Eles estão me ajudando, então, eu tô pronto para surpreender na trocação também.
– Chance de vencer por finalização
Eu sempre entro sabendo da possibilidade de finalizar. Mas, muitas vezes, eu também vou disposto a acertar golpes fortes para nocautear o meu adversário. E, geralmente, quando eu acerto esses golpes, a coisa naturalmente acaba indo para o chão de uma forma que eu acabe buscando finalizar a luta da forma mais rápida possível. É uma coisa natural, mas eu treino muito mais a trocação do que a luta de chão. O Jiu-Jitsu no MMA é uma coisa muito importante, é a coluna dorsal do combate. E torna o lutador muito mais perigoso, porque a qualquer momento ele pode finalizar a luta.
– Preferia um ranqueado, mas prega respeito
Eu estava contando que viesse alguém ranqueado, eu até questionei um pouco isso no começo, mas depois eu dei uma analisada na carreira dele. Vi que é um ex-campeão do LFA, que é um evento grande no Estados Unidos. Vai ser um excelente desafio para mim.
– 100% em 2018 e busca por evolução
O meu objetivo é manter o 100% de aproveitamento novamente e a obtendo as melhores performances que eu possa ter. Fui muito feliz em 2018, consegui fazer as duas lutas e finalizando ambas. Espero repetir isso e quero que seja melhor ainda. Eu não espero nem que seja igual, eu tô trabalhando para fazer tudo melhor. Eu quero evoluir de um camp para o outro. Nesse camp, eu notei que foi até melhor.
– Próximos passos e sonho com title shot
Eu quero ir para cima do TJ Dillashaw (campeão peso-galo). É um objetivo realmente lutar com ele. Agora, semana que vem, terá Sterling contra Rivera… Enfrentar alguém dessa luta, seria interessante também. Uma vitória sobre o meu oponente, em um card grande, em um evento de pay-per-view, vai me dar mais notoriedade. Venho de três vitórias por finalização e uma quarta seguida, também finalizando, me coloca em uma boa posição na categoria. Então, uma boa performance contra ele vai me colocar perto de uma disputa.
– Lutar no mesmo card que Anderson Silva
É uma honra tá ao lado do Anderson e fazer a luta que antecede a dele. É grandioso para mim, com certeza. A visibilidade também é excelente. Eu estou bem animado com isso.
CARD COMPLETO:
UFC 234
Melbourne, na Austrália
Sábado, 9 de fevereiro de 2019
Card principal
Peso-médio: Robert Whittaker x Kelvin Gastelum
Peso-médio: Israel Adesanya x Anderson Silva
Peso-galo: Rani Yahya x Ricky Simón
Peso-mosca: Montana de la Rosa x Nadia Kassem
Peso-meio-pesado: Jim Crute x Sam Alvey
Card preliminar
Peso-leve: Devonte Smith x Ma Dong Hyun
Peso-pena: Austin Arnett x Shane Young
Peso-mosca: Kai Kara-France x Raulian Paiva
Peso-galo: Teruto Ishihara x Kyung Ho Kang
Peso-leve: Lando Vannata x Marcos Rosa
Peso-leve: Jalin Turner x Callan Potter
Peso-galo: Wuliji Buren x Jonathan Martinez