Equador e Paraguai enfrentam com ‘rigor’ a pandemia; brasileiros dizem que ‘não há previsão’ para a reabertura das academias

Equador e Paraguai enfrentam com ‘rigor’ a pandemia; brasileiros dizem que ‘não há previsão’ para a reabertura das academias

*O Equador passou por um momento delicado com a crise sanitária e funerária. Famílias ficavam dias esperando para enterrar seus entes queridos. Vivendo no país, o faixa-preta Fernando Soluço, professor da Alliance, acompanhou de perto a situação e relatou à TATAME os momentos mais delicados.

“Quando a pandemia estava começando no Brasil, o Equador já tinha uma crise sanitária aqui em Guayaquil. Neste momento, eu tentei alertar algumas pessoas no Brasil. Eu estava na frente do tempo, assistindo o colapso sanitário e do sistema funerário. Acho que agora, cidades parecidas com Guayquil, como Manaus e Belém, vivem uma realidade parecida. Ainda acredito que a pandemia tenha sido mais terrível aqui, do que em qualquer cidade do Brasil. O lockdown é muito rigoroso, o toque de recolher deve seguir nas próximas semanas”, afirmou o professor.

Soluço disse que não dá aulas há dois meses e está sem nenhum tipo de remuneração. Ele consegue se manter financeiramente com as suas economias e gasta somente o básico. Além de professor, Fernando também é organizador do Circuito Equatoriano Brazilian Jiu-Jitsu (CEBJJ). Uma das formas de interagir com a arte suave tem sido a partir do “Jiu-Jitsu Imaginário”, que é um congresso online com professores de diversos países da América Latina.

O Equador atualizou o seu quadro durante a pandemia e agora entrou na fase amarela. Alguns comércios puderam reabrir, mas academias seguem fechadas.

Paraguai enfrenta pandemia com rigidez

Na fronteira entre o Brasil e Paraguai, Carlos Bordão tem uma academia da Gracie Barra na região e vem sendo impactado pela crise sanitária nos dois países. Do lado paraguaio, o professor revelou que o tratamento tem sido “rigoroso” e não crê no retorno das academias de Jiu-Jitsu ainda em 2020.

“Jiu-Jitsu não (deve) voltar a ter aulas em 2020. Não existe previsão, muito menos data. O Paraguai tem lidado com extrema rigidez quanto ao isolamento. O impacto na academia foi total. Menos de 10% dos alunos pagaram mensalidades. Muitos não encerram as matrículas oficialmente, mas sabemos que não irão voltar. Aqui na fronteira especificamente, onde temos muitos anos de outros estados, que são estudantes de medicina do lado paraguaio, já voltaram para suas cidades de origem. O prejuízo é gigantesco”, frisou.

*Por Yago Rédua