Esquiva Falcão rompe o silêncio após perder disputa de título mundial e desabafa: ‘Era tudo para ele ganhar’
Pelas redes sociais, Esquiva declarou que a luta entre Wanderlei Silva e o segurança do MC Daniel deveria acontecer, e alertou os perigos que Wand corre na luta (Foto: Reprodução)
O último fim de semana em Wuppertal, na Alemanha, poderia ser dos sonhos para Esquiva Falcão. O brasileiro disputou o cobiçado título mundial dos médios da IBF (Federação Internacional de Boxe), mas acabou perdendo por decisão unânime dos jurados após 12 rounds. Durante a luta, Vincenzo Gualtieri acertou dois golpes ilegais na região genital do capixaba.
Após o doloroso revés, que resultou também na quebra da invencibilidade no Boxe profissional, Esquiva rompeu o silêncio e resolveu conversar com os fãs. O medalhista olímpico criticou o “jogo sujo” do adversário e a falta de punição da arbitragem.
“Eu estou triste com o resultado, não era o que eu esperava. Minha equipe estava muito confiante, nós treinamos para essa luta, não vou falar da dificuldade que passamos. O que mais me deixou triste foi o atleta, o alemão que eu lutei, muito faltoso. Às vezes, batia muito com o ombro no meu rosto, deu golpes na nuca e golpes ilegais abaixo da linha de cintura. Pra piorar, o árbitro não chamou atenção, não reclamou, não tirou ponto e quando eu cai com um golpe ilegal, ainda abriu contagem”, disse Esquiva Falcão, que seguiu:
“Tomei o knockdown no segundo assalto, a mão entrou ali. Mas depois, recebi dois golpes duríssimos abaixo da linha de cintura e o árbitro não fez nada. (…) Acho que o árbitro tem que proteger os atletas e não só defender um atleta. Quero voltar para casa e ficar com a minha família”, apontou o lutador.
Na sequência do desabafo, Esquiva comentou sobre o fato de a luta ter acontecido na cidade-natal de Vincenzo Gualtieri. O pugilista alemão ainda reside em Wuppertal e contou com o apoio da torcida. Além disso, o brasileiro questionou a escolha de todos os árbitros alemães e um italiano – onde Gualtieri tem descendência.
“Essa luta foi muito injusta comigo. Porque luta pelo cinturão mundial, na casa do adversário, casa mesmo, a luta foi na cidade dele (onde mora). Os árbitros todos alemães. Tinha um italiano, é o cara é de onde? O cara é da Itália. Ele é italiano, mas mora na Alemanha. Era tudo para ele ganhar. Apesar da derrota, saio daqui triste, mas sabendo que fiz a minha parte. (…) Eu não tive que lutar só com o atleta, tive que lutar contra o atleta, arbitragem, outros problemas… A vida é assim”, encerrou Esquiva Falcão.