Ex-treinador de Johnny fala sobre ‘prejuízo’ na Tailândia e desabafa contra acusações: ‘Chocado’; veja

Ex-treinador de Johnny fala sobre ‘prejuízo’ na Tailândia e desabafa contra acusações: ‘Chocado’; veja

* Responsável pela carreira de diversos atletas brasileiros no exterior, Leonardo Goslin, o “Lorinho”, se viu dentro de uma grande polêmica nos últimos dias. Uma das estrelas em ascensão no UFC, Johnny Walker fez sérias revelações quanto ao seu relacionamento com o ex-treinador.

Em entrevista à TATAME, Walker citou, por exemplo, um investimento de pouco mais de US$ 30 mil (cerca de R$ 120 mil) em uma academia na Tailândia que não foi pra frente e acabou dando prejuízo. Segundo o lutador, isso teria sido ideia de Lorinho. Porém, em contato com a reportagem nesta quinta-feira (23), o head coach de MMA resolveu tornar pública a sua versão da história.

“Infelizmente, eu terei que falar que o Johnny está mentindo. Ele investiu US$ 10 mil, não 30 mil, para construir um dojo com estrutura metálica, tatame, parede, blindex… E não estava indo bem o negócio, então, resolvemos sair fora antes que piorasse. O combinado foi dividirmos esse prejuízo. Pedi a ele para ir tirando das minhas bolsas futuras. Aí, ficou tudo bem. Só que depois ele ficou bem incomodado com esse prejuízo. Ele falou com a mãe dele, que veio chamar minha atenção. O irmão dele também veio falar comigo que o Johnny estava muito apegado a esse prejuízo, que ficava falando para os outros”, disse Leonardo.

Na semana do UFC 244, quando Johnny Walker foi nocauteado por Corey Anderson, em novembro do ano passado, o lutador contou que teve um “estresse” com Leonardo, que seu ex-treinador queria gritar com ele na frente das outras pessoas por conta de ingressos e tudo mais. À TATAME, Lorinho se explicou.

“Eu não ia expor o Johnny, nem gostaria de fazer isso, mantive o silêncio, a calma… Estou sendo bem superficial, não estou indo a fundo. O Johnny conheceu uma menina na internet, a levou do Canadá para Nova York na semana da luta (do UFC 244). Me pediu para não ficar no quarto do ele. A minha maneira de falar é muito tranquila. Eu falei que não concordava e pedi para ele colocar a menina em outro hotel. Ele deu uma estressada e fez da maneira dele. Eu falei que era o momento de focar no combate, rever alguns ajustes, e não o momento de fazer loucuras ou transar. A resposta dele pra mim foi: ‘Deixa se der negativo, eu vou bater no cara’. Ali eu percebi que ele não estava focado desde o camp, que ele não fez tão bem como das outras vezes. Ele faltava, ia encontrar com mulheres… Eu até previ que ele ia ser nocauteado pelo Corey Anderson, achei que isso fosse ser bom para ele colocar os pés no chão, mas eu me enganei, não foi bom. Ele precisou arrumar uma desculpa para os fãs de que o treinador dele era ruim e tudo mais”, afirmou.

Abatido durante a entrevista, Goslin vem recebendo o apoio do seu mestre Renato Ferro e do preparador físico Henrique Brum. Lorinho disse que segue com as suas atividades normais de ajudar lutadores a ingressarem nos maiores eventos de MMA pelo mundo, e falou mais sobre a sua relação com Walker.

Confira outros pontos da entrevista comor Leonardo Goslin:

– Início da trajetória junto com Johnny Walker

O Johnny Walker começou a carreira comigo, fui empresário dele, treinador e em um momento das nossas vidas, fomos morar no Sul. Eu nunca pensei que fosse falar isso, acho até feio apontar, mas ele foi sustentado por mim durante anos. Só estou tendo que falar, porque ele ultrapassou todas as barreiras de acusações, estou muito chocado ainda. Os meus filhos foram criados com o Johnny, eles o amam como um irmão. Ele é minha família. Em um período o deixei no Brasil, fui para a Inglaterra, consegui um patrocínio para levá-lo para a Europa. O patrocínio pagou a passagem, mas não arcou com tudo. Passamos decepções, o que é normal. Passamos frio, fome, muito perrengue… Ele sabe do que eu estou falando. Não tinha comida mesmo. Quando comprávamos um frango, era ele que comia. Isso não é drama. Nossa família sabe disso, mas conseguimos passar por isso e crescer. Arrumei lutas para ele em Bélgica, Inglaterra…

– Mudanças no comportamento e redes sociais

Ele foi para o Contender (Series, do UFC) e aquele menino tímido, que me chamava de ‘senhor’, de ‘mestre’, começou a estufar o peito. Ele passou a ter a opinião dele, o que é bem normal, mas começou a ficar muito excessivo com os seguidores nas redes sociais. Ele ficava lendo em média 6 a 7h por dia que ele era o rei, que ia desbancar… Isso você lendo por tanto tempo, acaba gerando um problema na sua cabeça.

* Por Yago Rédua