Ex-UFC é condenado a mais de 15 anos de prisão por envolvimento com crime organizado

O ex-UFC foi acusado de conspiração para venda e transferência de armas de fogo, além do fornecimento de cocaína

Ex-UFC é condenado a mais de 15 anos de prisão por envolvimento com crime organizado

O ex-UFC se declarou culpado das acusações de conspiração para venda e transferência de armas de fogo proibidas, além do fornecimento de cocaína em larga escala (Foto: Reprodução/MMA Junkie)

Pietro Menga, atleta inglês com passagem por organizações como UFC, Bellator e Cage Warriors, foi condenado na última terça-feira (22) a 15 anos e cinco meses de prisão por tráfico de armas e drogas. A sentença foi divulgada oficialmente pela Greater Manchester Police, responsável pela investigação e condução do caso.

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De acordo com as autoridades britânicas, Menga se declarou culpado das acusações de conspiração para venda e transferência de armas de fogo proibidas, além do fornecimento de cocaína em larga escala. As investigações apontam que o ex-lutador do UFC atuava como intermediário de uma organização criminosa da região de Manchester, utilizando sua rede de contatos para facilitar o comércio ilícito.

O caso ganhou tração em 2020, quando agentes se infiltraram na Encrochat, uma plataforma de mensagens criptografadas comumente usada por grupos criminosos. Especialistas do Grupo de Crime Organizado Grave analisaram milhares de mensagens anonimamente trocadas entre os membros da rede, que incluíam negociações de entorpecentes, vendas de armamentos e até discussões sobre tentativas de assassinato.

As autoridades conseguiram vincular Pietro Menga às atividades ilegais por meio de conteúdos específicos presentes nas conversas. Em diversas mensagens, ele fazia referência a lesões no joelho decorrentes da prática do MMA, mencionava sua namorada e sua equipe de treinamento, o que permitiu aos detetives identificar o usuário anônimo como sendo o próprio Pietro.

A prisão ocorreu em 15 de janeiro, durante cumprimento de mandado na residência do atleta, localizada em Swinton, na Inglaterra. As estimativas da polícia indicam que as transações ilegais das quais o ex-UFC participou movimentaram aproximadamente 620 mil libras esterlinas — cerca de R$ 7,5 milhões na cotação atual.

“Menga, como muitos criminosos antes dele, pensou que estava se escondendo atrás de um sistema de comunicação seguro. Em vez disso, ele criou sua própria trilha de evidências que o levou direto para a cadeia. O nível em que Menga operava demonstrava claramente que ele tinha uma lista estabelecida de contatos criminosos, que deve ter sido construída ao longo de vários anos, sem ser notada, facilitada pelo uso do Encrochat”, afirmou o detetive Shiels, membro do Grupo de Combate ao Crime Organizado Grave.

Passagem breve pelo UFC e cartel no MMA

Antes de seu envolvimento com o crime organizado, Menga era considerado um prospecto promissor na divisão dos moscas. O inglês chegou ao UFC em 2017, após construir um cartel invicto com 13 vitórias. Inicialmente escalado para participar da 27ª edição do “The Ultimate Fighter”, acabou sendo chamado para substituir um atleta de última hora e enfrentaria Tim Elliott. No entanto, falhou no corte de peso e, por conta disso, a luta foi cancelada após recusa do adversário.

Após o episódio, o contrato de Menga com o UFC foi encerrado sem que ele tivesse realizado uma luta pela organização. Ao longo de sua carreira, acumulou participações em eventos relevantes do cenário europeu, como o Bellator e o Cage Warriors. Seu cartel profissional no MMA soma 14 vitórias e quatro derrotas.

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