Assim como muitos atletas de Jiu-Jitsu, Bárbara Pires teve que ficar a temporada de 2020 quase toda sem competir. No fim de 2019, após se destacar no Mundial No-Gi da IBJJF, na Califórnia (EUA), a atleta da Checkmat foi graduada faixa-marrom e conseguiu disputar apenas o Curitiba Open, da CBJJ, na nova faixa, quando faturou quatro medalhas de ouro – nas disputas sem e com pano. Ao viajar para os Estados Unidos rumo ao Pan da IBJJF, os eventos começaram a ser cancelados por conta da pandemia de Covid-19.
Bárbara ficou ficou cerca de oito meses sem competir, quando participou de um evento nos Estados Unidos: “Em novembro, viajei para acompanhar uma atleta no UFC e lutei o American National ganhando quatro ouros novamente, no meu segundo campeonato de faixa-marrom. Duas semanas depois, lutei o Mundial Master ficando em segundo lugar na minha categoria e em terceiro no absoluto. Foi maravilhoso poder fechar o ano com esses títulos. Apesar dos desafios do ano de 2020, consegui obter ótimos resultados nos campeonatos”, disse a atleta, que explicou como utilizou o tempo sem eventos e com academias fechadas.
“Comecei a criar estratégias para tirar de mim o máximo em cada treino para ganhar na qualidade, e não na quantidade. Foi um momento que, por me conhecer bem, soube analisar qual tipo de treino era mais importante para mim naquele momento. E dei prioridade em ajustar alguns detalhes e pontos específicos do meu jogo. Claro que ter tatame em casa foi essencial. No final das contas, foi excelente para mim, pois consegui dar atenção a certas coisas que na rotina corrida de treinos estavam passando sem a devida atenção. Estudei muito e evolui bastante em todos os sentidos”, destacou Bárbara sobre o isolamento social.
“Foi uma das melhores emoções da minha vida, tanto pelo segundo título mundial, quanto pela faixa-marrom. Ver toda minha jornada, todas as conquistas e os títulos que venho adquirindo na minha carreira como atleta. É meu sonho se tornando real, exatamente do jeito que planejei quando comecei a treinar. Para ser atleta, tem que abrir mão de muita coisa, no meu caso estar longe da família e amigos, ter uma vida regrada, não ter muita vida social, dentre várias coisas, então é muito gratificante”, falou a fera sobre a graduação para a faixa marrom após brilhar no Mundial No-Gi.
Projetando a temporada de 2021, a lutadora declarou que quer repetir os feitos que teve nas faixas azul e roxa, quando levou as medalhas douradas nas principais competições, como Mundial, Brasileiro e Sul Americano. Bárbara Pires também mirou nas conquistas do Pan Americano e Europeu de Jiu-Jitsu – ambos da IBJJF.
“Lutar todos os campeonatos que puder, mas em especial quero dois títulos que ainda não tenho pois não tive a oportunidade de competir que são do Pan Americano e do Europeu. Sei que já tenho uma carreira sólida como atleta, com diversos títulos, dentre eles, dois títulos mundiais, seis títulos brasileiros, nove títulos sul-americanos e quatro títulos do American National, porém sinto falta e quero completar meu portfólio”.