Faixa-preta de Georges Mehdi explica como a medicina chinesa e a nefrologia ajudam no tratamento de atletas de MMA
O MMA é considerado o triatlon das lutas. Isso se contarmos apenas a parte técnica. A verdade é que todo esporte de alto rendimento engloba uma série de outras atividades para o atleta ficar livre de lesões e atingir o seu ápice durante uma competição. O MMA, por ser um esporte de alto impacto, exige cuidados ainda maiores com a saúde do atleta. Por isso, novas técnicas de tratamento e prevenção são sempre bem-vindas nas artes marciais.
Faixa-preta de Judô formado há 32 anos por Georges Mehdi, o médico veterinário Márcio Bernstein trouxe todo o seu conhecimento da medicina chinesa e da nefrologia para ajudar os atletas da equipe Pr1meira Fight de MMA a terem um melhor rendimento dentro do cage e também no processo de recuperação.
“Sou médico veterinário, me especializei em medicina chinesa e também em nefrologia. Eu trabalho com hemodiálise em animais. A nefrologia me dá muito conhecimento na parte de alimentação, metabolismo, perda de peso, e isso ajuda bastante no acompanhamento e desenvolvimento do atleta. Com a medicina chinesa e a acupuntura, eu desenvolvi um tratamento que melhora a performance. Além de auxiliar na recuperação muscular, ligamentos e articulações, esse tratamento melhora o desempenho do paciente. É um trabalho que ajuda o lutador a se sentir bem e estar em seu auge no dia da luta”, explicou Márcio.
Bernstein não caiu de paraquedas no mundo das lutas. Além de praticar Judô há muitos anos, ele já tratou no passado atletas do quilate de Renzo Gracie, Allan Góes e Ricardo Libório. Sua volta ao MMA foi há sete anos, quando reencontrou o ex-lutador e hoje líder da Pr1meira Fight Chicão Bueno. Os dois treinaram juntos na academia do saudoso mestre Georges Mehdi e desenvolveram uma amizade. No reencontro, Chicão convidou Márcio para integrar a equipe e ajudar talentos como Carlos Tizil e Jefferson Pitbull.
“Desde que me formei em Veterinária, eu já fazia acupuntura em seres humanos. E pelas minhas mãos passaram dezenas de lutadores como o Renzo Gracie, o Allan Góes e o Ricardo Libório. Eu sempre gostei muito de luta, apesar de não ter sido um lutador profissional. Sempre estive nesse meio e procurei ajudar os lutadores de diversas formas. E surgiu novamente essa oportunidade de trabalhar com a luta quando eu reencontrei o Chicão há sete anos. Passei a acompanhar os treinos dele, fui aprendendo com ele e aos poucos passei a ajudar os atletas da equipe. Me sinto bem fazendo esse trabalho, seja ajudando no treino ou na parte de recuperação muscular, articular, ou ainda na perda de peso”, concluiu Márcio Bernstein.