Faixa-preta cobra maior valorização aos atletas Masters: ‘Somos destratados’

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Faixa-preta da Zenith BJJ, equipe localizada na cidade de Boa Vista, Roraima, Fafá Pereira busca entre o fim de abril e começo de maio mais um importante título na carreira. Com mais de 20 anos de carreira na arte suave, a lutadora surge como uma das favoritas à conquista do Campeonato Brasileiro na categoria Master. Questionada sobre a importância do torneio, a lutadora espera repetir o feito e faturar o duplo ouro, assim como em 2018.
“O Brasileiro é uma das mais importantes competições de Jiu-Jitsu do mundo, tive o privilégio de ser campeã em outras edições. No ano passado, em especial, fui campeã categoria e absoluto master 1 preta. Espero que esse ano consiga repetir esse feito e fechar o ano ganhando categoria e absoluto de todas as competições da CBJJ/IBJJF que participar”, projetou a atleta.
Além do título brasileiro já citado, a lutadora ainda acumula inúmeras conquistas na carreira, como o do Mundial Master da IBJJF, Europeu (categoria e absoluto), e mais recentemente, o Pan conquistado em 2019, dentre muitos outros. Natural de Vitória da Conquista, na Bahia, a lutadora passou por lesões que a atrapalharam nos últimos meses, porém nada que tirasse o foco da casca-grossa, que não vê a hora de pisar nos tatames do Ginásio Poliesportivo José Corrêa novamente.
“Infelizmente passei por algumas lesões que me fizeram reduzir o ritmo de treinos, porém, não parei de treinar em momento algum. Venho intensificando a parte física, onde tenho maior dificuldade durante as lutas, devido a adrenalina e o nervosismo que me consomem (risos). Estou ajustando a parte técnica para corrigir os erros e aperfeiçoar os acertos”.
Após os 30 anos, os atletas já tem a possibilidade de disputarem os torneios de Jiu-Jitsu na categoria Master. A divisão Master 1 é composta por atletas de 30 até 35 anos, onde lutadores de alto nível competem em uma categoria separada dos adultos. Grandes nomes da arte suave já disputam as categorias masters atualmente, porém, Fafá Pereira ainda acredita que falta muito para esses atletas terem a valorização merecida.
“A categoria master, tanto no masculino quanto no feminino, não tem a valorização que merece. As federações e confederações tratam as categorias preta master igualmente como as demais dos menos graduados. Somos diferenciados negativamente dos faixas-preta adulto. Porém, muitos se esquecem que esses pretas adultos em grande maioria foram alunos de nós, masters, ou que nós abrimos caminhos para eles. Das coisas mais simples as mais complexas, somos “destratados”, como no pódio do Pan, onde somos separados dos faixas-preta adultos, além de não termos a premiação do ranking em dinheiro”, destacou a atleta.
Após o Brasileiro, evento que será realizado entre o fim de abril e começo de maio em Barueri, a lutadora vai voltar as atenções para o Internacional Master no Rio de Janeiro antes do Mundial Master de Las Vegas.