Família no tatame: faixa-preta Marco Réss vê união como diferencial em busca dos objetivos
Faixa-preta da renomada equipe Gracie Barra, mas também pupilo da família Behring, Marco Réss começou sua trajetória na arte suave em 1991, com o saudoso Marcelo Behring. Depois, se aventurou no MMA – sem deixar o Jiu-Jitsu de lado – até que, em 1996, decidiu que gostaria de viver do esporte. Atualmente, Marco e a esposa comandam filias da GB em São João da Boa Vista e Vargem Grande do Sul, ambas em São Paulo, sob a tutela do casca-grossa Carlos Liberi. Em entrevista, Marco relembrou sua caminhada no esporte.
“Soube que queria viver do Jiu-Jitsu em 1996, quando o professor da época me permitiu ensinar em algumas aulas e percebi que aquela seria a minha vida. Antes, pratiquei Caratê por dez anos e Judô por quatro. O Judô pratiquei de forma simultânea ao Jiu-Jitsu, como um complemento”, contou Réss, que durante seu período de atleta, conquistou títulos do Campeonato Brasileiro, International Master, Estadual, entre outros.
“A competição sempre esteve muito presente na minha vida, mas até a faixa-marrom os torneios eram em menor número e os principais só aconteciam no RJ, o que me impossibilitou de participar de muitos”.
Como professor, Marco já formou mais de 20 faixas-preta. E o Jiu-Jitsu também está presente na casa do professor, com a família toda no tatame. Sua esposa é faixa-preta, enquanto o filho, de 17 anos, recebeu a faixa roxa recentemente e a filha mais nova, de 10 anos, é faixa-amarela e preta. “Foi uma coisa que aconteceu naturalmente. Minha esposa (Pepa) é o pilar fundamental da nossa família. Nunca impomos nada aos nossos filhos, eles treinam por prazer e a nossa relação é a melhor possível”, disse o paulista.
No momento, ele e o filho se encontram nos Estados Unidos, onde vão disputar alguns campeonatos como Orlando Open e Pan Americano, ambos da IBJJF, o Abu Dhabi Grand Slam de Miami, entre outros. Para o jovem Pedro Réss, agora faixa-roxa, uma importante chance de começar bem sua carreira como profissional.
“Ele (Pedro) decidiu se tornar atleta profissional no ano passado. Hoje, na maioria das vezes, nós somos o treino um do outro, e está ficando cada dia pior para mim (risos). Nossa união faz toda a diferença. Já implementamos uma rotina profissional na vida dele e estamos nos ambientando às competições de elite”.