Vice no GP absoluto do BJJ Stars, Fellipe Andrew analisa campanha e vitória sobre Mica Galvão
Aos 28 anos, o faixa-preta Fellipe Andrew foi uma das atrações do GP absoluto que marcou o BJJ Stars 10, realizado no último sábado (22), em São Paulo. Competindo contra outros 15 atletas de Jiu-Jitsu de alto nível pelo título e o prêmio de R$ 200 mil, Andrew passou por Pedro Lucas, Adam Wardzinski e Mica Galvão, mas na final acabou superado por Erich Munis em luta acirrada.
Apesar do vice, o pernambucano se disse feliz com sua performance, que inclusive rendeu a ele o prêmio de “Luta da Noite” contra Mica na semifinal. Em entrevista à TATAME, Fellipe Andrew falou a respeito e citou sua preparação física como um diferencial na campanha até a decisão.
“Acho que tive uma boa atuação. Por estar mais leve, no começo pensei que passaria mais problemas com isso, mas depois apenas pensava estar lutando mais outro absoluto e que isso não poderia me tirar do foco. Eu já imaginava uma possível final com o Erich quando vi a chave, e de todas as vezes que nos enfrentamos, essa foi a melhor luta que fiz contra ele. Então, estou feliz de seguir progredindo”, disse o faixa-preta, que completou sobre os treinos:
“O gás sempre foi um fator às vezes até determinante pra mim. Quando eu luto com caras mais pesadas, sinto que enquanto eles vão cansando, eu vou melhorando durante a luta. Meu primeiro professor (Adriano Stanislau) falava pra mim: ‘gás não é tudo, mas é 100%’ (risos). Então eu tenho isso na minha cabeça muito forte e tento melhorar nessa parte também”.
Outro ponto que pesou à favor de Fellipe Andrew positivamente foi ter o casca-grossa Rodrigo Cavaca – responsável por graduá-lo faixa-preta – no córner. Mesmo com o lutador hoje representando a equipe Alliance, ele e Cavaca seguem amigos após anos de parceria, em sintonia que pôde ser vista durante o GP absoluto.
“Foi muito legal ter o Cavaca como coach. Eu terminei o camp para o BJJ Stars em Santos-SP e decidimos ir juntos faltando uns quatro dias para o evento. Ele topou sem pensar duas vezes e sou muito grato por isso. Independente de qualquer bandeira ou outro motivo, ele estava lá comigo”, agradeceu o atleta, que agora volta seu foco para o Brasileiro da CBJJ, em maio, e o Mundial da IBJJF, em junho.
Em sua segunda luta, Fellipe Andrew passou pelo casca-grossa Adam Wardzinski (Foto Dai Bueno)
Luta da Noite contra Mica
Fellipe Andrew e Mica Galvão fizeram a melhor luta do BJJ Stars 10, que depois de muita ação terminou com a vitória do pernambucano ao passar a guarda e marcar 3 a 0 nos pontos. Antes, porém, ele teve que resistir aos ataques fulminantes do jovem manauara, que chegou a colocar cinco vantagens em 2 minutos.
Em uma delas, durante uma tentativa de finalização, alguns fãs apontaram que Fellipe Andrew deu os três tapinhas, situação que foi negada de forma veemente pelo atleta da Alliance.
“O Mica é um atleta extraordinário. Em pouco tempo ele fez jus ao tema do campeonato com um ‘ataque soviético’ de cinco vantagens, e eu não sabia nem de onde estava vindo tudo aquilo (risos). Porém, não entendi o público que disse que eu bati, tenho minha consciência tranquila quanto a isso. Acho que hoje em dia o Mica não tem apenas fãs, ele é quase uma religião, então é normal as pessoas falarem algo, mas não me abala. Quem me conhece sabe da minha índole e que eu nunca faria algo absurdo assim”, encerrou.
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Diogo Santarém
Jornalista que trocou a faculdade de Engenharia pelo sonho de trabalhar com esportes, mas ao longo dos anos atuou em diferentes áreas da Comunicação Social e se apaixonou pelo Jornalismo como um todo. Formado desde o fim de 2014 – e pós-graduado em 2023 –, comecei a trabalhar em 2013 como estagiário do GloboEsporte.com e no ano seguinte cheguei à TATAME, onde permaneço até hoje, como editor. Fã de lutas e Futebol, não perco um UFC ou jogo do Flamengo, e através da TATAME, participei de diversas coberturas mundo afora.