Faixa-preta Fernanda Bonatto celebra crescimento do Jiu-Jitsu feminino e diz: ‘Todas mulheres tinham que tentar’

Faixa-preta Fernanda Bonatto celebra crescimento do Jiu-Jitsu feminino e diz: ‘Todas mulheres tinham que tentar’

Desde 2016 morando na Califórnia (EUA), onde atualmente trabalha como professora voluntária na academia RADA Jiu-Jitsu – de Rafael Dallinha -, a faixa-preta Fernanda Bonatto começou a treinar há 16 anos e vem acompanhando a evolução do esporte, em especial para as mulheres.

Apesar de ainda longe do cenário ideal, hoje as mulheres estão mais presentes em campeonatos, academias, e dependendo do evento, recebem premiações iguais aos homens. A luta por mais espaço, porém, continua, e Fernanda Bonatto falou sobre os benefícios da prática do Jiu-Jitsu como forma de incentivo.

“O Jiu-Jitsu é uma arte marcial tão importante que eu pessoalmente adoraria que todas as minhas amigas e mulheres tivessem vontade de pelo menos tentar. Sei que pode ser intimidante e não é fácil no início, porém os resultados que você terá com o passar dos anos, não tem preço que pague. Aprender Jiu-Jitsu não se trata apenas de finalização ou defesa pessoal, é também sobre força interior, momentos de superação e o poder de transformação em uma pessoa mais calma, focada e respeitosa”, disse a faixa-preta, que aos 40 anos, completou:

“Por tudo isso acredito que o Jiu-Jitsu só agrega coisas positivas, especialmente para mulheres e crianças. Desde que eu comecei a treinar o número de mulheres que são adeptas do esporte cresceu consideravelmente e seria maravilhoso ver esse número seguir crescendo, atingindo um público maior e mais diversificado”.

Fernanda Bonatto (ao centro) com turma feminina na RADA (Foto arquivo pessoal)

Fernanda Bonatto (ao centro) com turma feminina na RADA (Foto arquivo pessoal)

Por outro lado, Fernanda Bonatto falou sobre os desafios de ser professora e viver do esporte: “São anos de dedicação para que você possa transmitir seus conhecimentos para os alunos, e infelizmente a maioria ainda precisa ter outro emprego para conseguir se sustentar. Aqui nos Estados Unidos enxergo uma valorização maior do que no Brasil, com o profissional do Jiu-Jitsu sendo respeitado pelo seu trabalho e tendo mais oportunidades”, opinou a brasileira, antes de encerrar:

“Meus planos para o ano que vem são de encerrar o curso de coach que venho fazendo, continuar aperfeiçoando o meu inglês, meu Jiu-Jitsu, buscar melhores chances na área aqui nos EUA e me desafiar em competições. Quero estar envolvida com o Jiu-Jitsu até os meus últimos dias nesse planeta”, finalizou a representante da RADA.

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