Força mental e emocional tem total relevância nos resultados obtidos por lutadores, afirma a especialista Paola Schiebel

Força mental e emocional tem total relevância nos resultados obtidos por lutadores, afirma a especialista Paola Schiebel

Desde os primórdios, quando ainda era chamado de Vale Tudo, o MMA requer do lutador uma dose cavalar de inteligência emocional. Existem muitas histórias de lutadores talentosíssimos que não atingiram a expectativa por falharem mentalmente.

Especialista em inteligência emocional, Paola Schiebel falou um pouco sobre este tema tão presente no mundo das artes marciais hoje em dia, no qual os lutadores mais confiantes atingem os melhores resultados.

“Tão importante quanto treinar o físico e a força muscular, é treinar a força mental e emocional que, sem dúvida, terá total relevância nos resultados obtidos. O atleta pode até ter talento, habilidade e força física, mas sem a inteligência emocional, não chegará muito longe, pois será derrotado por suas emoções”, explica.

“E como se pode conseguir isso? Com o autoconhecimento, através de processos terapêuticos. E também temos técnicas como o coaching, PNL (programação neurolinguística) e hipnose, que também podem auxiliar no rendimento de atletas”, complementa a escritora, palestrante e terapeuta.

Em alguns casos, uma adversidade pode comprometer o desenvolvimento; seja um golpe sofrido ou um ataque frustrado durante uma luta, ou até mesmo uma derrota no meio da caminhada. Para Paola Schiebel, é preciso entender o processo e responder aos estímulos da forma correta.

“É importante ter consciência de que a pessoa não nasce vitoriosa, ela se torna. E nesse processo rumo à vitória, inevitavelmente haverão tropeços, erros e derrotas. O que vai diferenciar um atleta bem sucedido de um atleta mediano, é que aqueles não irão desistir nos primeiros ‘nãos’, eles não se deixarão abalar pelas derrotas que, porventura, surgirem”, aponta a especialista.

“Todo atleta que fez história tinha claro em sua mente aonde ele queria chegar e, após definido o objetivo, ele traçou o caminho e fez tudo o que fosse necessário até chegar lá. A história do Michael Jordan é um exemplo – recomendo a leitura de sua biografia. Novamente, o autoconhecimento, o controle emocional, as terapias são fundamentais nesse processo.”