Fundador do Grupo Casoto, clínica dedicada à recuperação de dependentes químicos, fala da importância do esporte na recuperação
Especialista e multicampeão no Kickboxing, Alex Poatan é hoje uma das revelações do UFC e, no dia 12 de novembro, irá disputar o cinturão peso-médio do evento contra o campeão Israel Adesanya. O que pouca gente sabe, no entanto, é que o lutador, durante sua adolescência, enfrentou problemas com alcoolismo. Uma realidade que não chega a ser muito incomum entre os esportistas, especialmente aqueles que crescem em famílias menos privilegiadas economicamente.
De tanto ouvir que o “esporte é uma saída”, Alex Poatan encontrou uma academia onde foi apresentado ao Kickboxing. A partir dali, sua vida mudou. Uma história que, segundo Fernando Casoto, fundador do Grupo Casoto, clínica dedicada à recuperação de dependentes químicos, acontece com cada vez mais frequência. “Quando o exercício físico é direcionado da forma correta e usado de acordo com as definições científicas, cooperam com a recuperação do organismo do paciente”, diz Fernando.
No Grupo Casoto, as atividades físicas fazem parte do dia a dia de quem busca uma alternativa para largar o vício das drogas e do álcool. “Entendemos, baseados em dados científicos, que essas atividades podem favorecer o paciente em sua recuperação, pois melhora o humor e aumenta a sensação de bem-estar, além de ajudar na elevação da autoestima. Esses fatores são essenciais na recuperação dos dependentes químicos, ajudando em todos os seus processos”.
Alex Poatan, por exemplo, lembra que, antes de conhecer a luta, bebia praticamente todos os dias, prejudicando seu corpo. Fernando Casoto comenta que o viciado tem mesmo a tendência de deixar a saúde de lado, mantendo uma alimentação inadequada e descansando muito menos do que o necessário.
“As pessoas que fazem uso abusivo das drogas têm a tendência de deixar sua saúde sem os cuidados necessários. Elas negligenciam todas as outras ações que são importantes para que alguém tenha qualidade de vida. O tratamento do dependente químico exige muito esforço. Por isso, como parte deste tratamento, temos a preocupação de reparar a mente e o corpo por meio dos exercícios físicos”, completou.
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Através do esporte, Alex Poatan também recuperou a capacidade saudável de se socializar, o que antes só conseguia através do uso de drogas. Sóbrio, conheceu pessoas que o ajudaram a recolocar nos trilhos.
“O esporte muda. Se eu pudesse falar comigo mesmo dez, 20 anos atrás, eu diria para largar as bebidas e entrar no esporte, qualquer que seja ele, o quanto antes”, contou o lutador. Fernando Casoto concorda: “Estar próximo de pessoas saudáveis nos influencia a buscar o equilíbrio do corpo e da mente”, encerrou.