Gabriel Arges vê derrota para Lo no ACB JJ como ‘aprendizado’ e foca no tri mundial: ‘Motivação pessoal’
Por Yago Rédua
Atual bicampeão do mundo, Gabriel Arges perdeu o cinturão da divisão até 85kg do ACB JJ, no começo de maio, para Leandro Lo. Às vésperas do Mundial de Jiu-Jitsu, que acontece nesta semana, em Long Beach, na Califórnia (EUA), o faixa-preta da Gracie Barra contou à TATAME como essa derrota serviu de lição para corrigir questões técnicas, além de uma “motivação extra” para o principal torneio de arte suave do calendário anual.
“Acredito que foi bom para consertar algumas coisas do meu jogo, apesar das regras serem diferentes. Mas essa derrota está me motivando bastante para chegar no Mundial e conseguir o meu terceiro título. Mas do que tecnicamente, a derrota me deu uma motivação pessoal para conquistar o título mais importante, que é o Mundial”, disse.
Gabriel ainda contou sobre a preparação que fez para o Mundial, destacou os principais nomes da categoria, fez uma análise e característica do seu próprio jogo e ainda revelou como tem sido os treinamentos com Chuck Liddell, astro e ex-campeão do Ultimate.
Confira abaixo a entrevista com Gabriel Arges:
– Preparação para o Mundial
A preparação para o Mundial está muito boa. Os treinos estão muito bons. Agora na semana do Mundial chega mais gente da Gracie Barra do mundo todo para treinar aqui e o treino fica ainda melhor. Estou tirando muito proveito disso. Agora, na preparação final, preciso focar também no corte de peso, porque o resto já foi feito. É chegar lá e lutar.
– Principais nomes da categoria
Acho que os principais nomes da categoria são o Otávio (Sousa) e eu, representando a Gracie Barra, o Isaque Bahiense e o Marcos Tinoco da Alliance e, com certeza, o Claudio Calasans também. Esses são alguns dos favoritos, mas o peso-médio tem muito cara bom e é difícil fazer qualquer tipo de previsão. A disputa com certeza será intensa.
– Treinos com Chuck Liddell
Os treinos com o Chuck Liddell têm sido muito bons, tanto para ele quanto pra mim. Ele tem, no MMA, uma das melhores defesas de queda e um dos melhores Westling da história. É muito difícil ver alguém o colocando para baixo. Então, nessa parte em pé a gente tem treinado bastante. Nas posições de Jiu-Jitsu, eu tenho conseguido ajudá-lo bastante também. Ele é muito bom por cima, difícil de ser raspado. Por baixo, ele consegue se levantar muito rápido, então, os detalhes que eu passo para ele são mais de ajuste de transições, para conseguir ficar com um jogo mais justo, já que ele tem uma base boa.
– Análise do próprio jogo
Acho que o meu jogo é completo. Tanto jogando por baixo quanto as minhas passagens são bem afiadas, a parte do Westling é uma coisa que sempre trabalho, é uma coisa que estou sempre buscando melhorar… Estou sempre tentando melhorar em tudo, mas acredito que a minha guarda seja o meu ponto forte. É difícil ter a minha guarda passada e acredito que os meus ataques da guarda também são um diferencial no meu jogo, com certeza.