Gabriel Arges visa Mundial No-Gi, mas revela grande foco no ADCC em 2019: ‘É um objetivo pessoal bem forte’

Gabriel Arges visa Mundial No-Gi, mas revela grande foco no ADCC em 2019: ‘É um objetivo pessoal bem forte’

Por Yago Rédua

Bicampeão mundial na faixa-preta, Gabriel Arges vem se preparando para o Mundial No-Gi da IBJJF, que acontece entre os dias 14 e 16 de dezembro, na Califórnia (EUA). Além disso, em entrevista à TATAME, o lutador afirmou que tem como meta o ADCC 2019, maior torneio de luta agarrada do mundo, e desta maneira vai priorizar os treinos sem quimono.

“Quero encerrar o ano com o Mundial No-Gi, que é um campeonato que tem algum tempo que eu não luto (três anos). Tenho o interesse de lutar e na expectativa de terminar o ano com mais um título mundial. Estou bem animado para poder conseguir chegar bem. Em 2019 vou participar de competições de quimono, mas vou manter meus treinos sem quimono, porque o ADCC 2019 é um objetivo pessoal bem forte. Provavelmente, os próximos eventos serão o Mundial No-Gi, World Series, talvez o Europeu, desejo fazer parte do Grand Slam do Jiu-Jitsu, e as superlutas do ACB. Claro que o meu maior objetivo de 2019 é, além das lutas do ACB, o Mundial de quimono e o ADCC”, projetou o jovem.

Gabriel ainda comentou sobre as participações no “King of Mats” da UAEJJF, World Series of Grappling, citou o crescimento do Jiu-Jitsu na Califórnia (EUA) e ainda contou que está subindo de peso para a divisão dos meio-pesados, classificando o processo como “natural”.

Confira abaixo a entrevista na íntegra com Gabriel Arges:

– Participação no evento ‘King Of Mats’

Acho que foi um formato muito interessante. Deu a chance de todo mundo sobreviver no evento após uma derrota, valoriza a forma como você luta. Me diverti bastante, estou bem animado com o próximo que deve acontecer. Quero lutar na categoria mais leve, que é a minha natural de peso. Acho que a minha participação foi boa, apesar dos lutadores serem mais pesados que eu. Nos detalhes, eu não consegui passar de fase, mas vida que segue.

– Vice no World Series of Grappling

O World Series achei bem legal também. Você tem que se expor bastante, por ser só cinco minutos. Precisa ser bastante explosivo, pelo fato de não ter pontos, precisa começar a luta 100% para definir. É um Jiu-Jitsu bem avançado, fica mais fácil do público entender. Foi um outro evento que eu me diverti bastante. Talvez o próximo evento que eu lute de quimono seja o World Series. Perdi num detalhe para o Ribamar, que estava num dia bom.

– Profissionalização do Jiu-Jitsu mundial

Muitos dos atletas que se dedicam aos campeonatos, eles depende bastante dessas premiações cada vez mais altas. O caminho é esse, mas tem muito a melhorar. É difícil viver só disso no Jiu-Jitsu, mas existem alguns, poucos, que conseguem viver só disso e com uma vida boa. O próximo passo é não só premiar os que vencem, mas todos os atletas de alto nível que possam viver do esporte. Acredito que no futuro possamos chegar nesse nível de profissionalismo, que ainda não conseguimos, mas estamos caminhando.

– Evolução do Jiu-Jitsu na Califórnia

Acho que o Jiu-Jitsu nos Estados Unidos está muito mais avançado em termos de patrocínio, premiação, campeonatos e coberturas. É um longo caminho, estamos longe do ideal, mas em termos de negócio, o Jiu-Jitsu está muito mais avançado aqui na Califórnia. Não só para o atleta profissional, mas o Jiu-Jitsu como uma academia, seminários e por aí vai. O Brasil tem muito o que trabalhar para chegar no ponto que estamos aqui nos EUA.

– Subida para a divisão dos meio-pesados

Os próximos eventos eu tenho a intenção de subir de peso sim e lutar de meio-pesado. Ainda não decidi se no Mundial da IBJJF eu vou de médio ou meio-pesado, mas sem dúvida, todos os outros estarei de meio-pesado. A seletiva do ADCC lutarei até 88kg. É um processo natural que eu tenho passado. Tenho trabalhado e me sentido muito bem. Ano que vem, quem sabe, umas aparições no absoluto, que é um objetivo pessoal também.