Gabriel Fedor se torna mais um dos brasileiros a ajudar em projeto de disseminação do Jiu-Jitsu no Catar

Gabriel Fedor se torna mais um dos brasileiros a ajudar em projeto de disseminação do Jiu-Jitsu no Catar

Gabriel Lyrio Lucas, mais conhecido como “Fedor”, alcançou o topo do Jiu-Jitsu quando se consagrou campeão mundial da IBJJF no ano de 2015. Vitorioso em diversos outros torneios, como o Campeonato Brasileiro e Mundial No-Gi, além do Sul-Americano (2014), o capixaba tomou uma decisão que mudará drasticamente sua carreira. O lutador está de “malas prontas” para o Catar, onde será um dos atletas responsáveis por ensinar o Jiu-Jitsu brasileiro para as forças armadas do país.

“Fiquei sabendo dessa possibilidade de ser professor no Catar em outubro de 2017, quando fui lutar pelo ACB lá. Já tinha uma turma no Catar, e eles me explicaram mais ou menos como funcionava. Naquele momento não tinha tanto interesse, mas deixei a possibilidade em aberto. No final do ano passado surgiu essa vontade de ir pra lá e ter essa experiência de vida. Logo que me deu esse estalo eles divulgaram que estavam fazendo um recrutamento. Mandei um e-mail, depois fui pra São Paulo, onde participei de algumas entrevistas, até conseguir ser selecionado. Já sabia do projeto, mas tive que fazer a seleção igual a todo mundo”, contou o atleta.

O lutador irá morar no Catar pelos próximos cinco anos, onde além de passar seu vasto conhecimento na arte suave para os militares, também vai disseminar a modalidade no país. Atualmente em Vitória, sua terra natal, o faixa-preta tem se mantido ativo em uma das filiais da Checkmat no Espírito Santo, enquanto aguarda para partir de forma permanente para o Oriente Médio, no próximo mês. Questionado sobre a sua expectativa para essa nova jornada, Gabriel mostrou-se empolgado com a oportunidade, apesar das dificuldades que pode passar em uma cultura tão diferente quanto a brasileira.

“A expectativa é a melhor possível, é uma experiência nova, sou mais competidor do que professor, mas estou empolgado, estou motivado. Já fui competir uma vez, conheci o lugar, é mais ou menos do jeito que esperava. País árabe, tem a questão da língua, cultura, comida, é bem quente, mas sou um ser humano adaptável, já rodei todos os lugares do mundo. No começo vai ser uma barreira a ser ultrapassada, mas depois se acostuma. Conheço alguns lutadores que já estão lá na primeira turma e outros que vão agora comigo. Isso ajuda a você se habituar estando com amigos que vão te ajudar a treinar e com outras coisas. Quando se está em grupo, com pessoas que você gosta fica tudo mais fácil”.

Aos 28 anos de idade, Gabriel Fedor também pretende lutar em alguns torneios pelo mundo, mesmo estando no Qatar, onde deve representar o país, porém ainda não sabe em quais eventos poderá competir. De olho em grandes competições da arte suave, o capixaba não pretende parar de buscar medalhas, mas ainda precisa aguardar por uma posição da Federação do Catar.

“Eu sempre fui competitivo, sempre gostei da parte de competir, mas como estou indo para o projeto do Catar, ainda não sei muito como vai ser esse primeiro ano de adaptação e treinamento. Sei que tem uma galera que tá lá e viaja pra competir, principalmente campeonatos importantes. Acredito que ano que vem, quando estiver mais ambientado, com uma situação melhor, vou poder competir. Se puder esse ano, melhor ainda, mas não posso garantir algo que não depende só de mim. O foco é dar o meu melhor e com certeza continuar treinando pra quando aparecer a oportunidade de competir, conseguir ser campeão”, finalizou.

Dentre as recentes conquistas de Gabriel Fedor no Jiu-Jitsu, estão o bronze no Brasileiro do ano passado, além das vitórias contra Ricardo Evangelista e Vinny Magalhães no Absolute Championship Berkut Jiu-Jitsu.