Gilbert Durinho analisa evolução na trocação e vê seu Jiu-Jitsu em alto nível: ‘Me coloco no Top 5 do UFC’

Gilbert Durinho analisa evolução na trocação e vê seu Jiu-Jitsu em alto nível: ‘Me coloco no Top 5 do UFC’

Por Mateus Machado e Yago Rédua

Vindo de duas vitórias consecutivas no Ultimate, sobre Jason Saggo e Dan Moret, Gilbert Durinho terá um grande desafio em sua próxima luta. No dia 7 de julho, pelo UFC 226, o brasileiro vai enfrentar o neozelandês Dan Hooker, que vem de três triunfos seguidos, e o vencedor pode entrar no Top 15 da divisão peso-leve da franquia com uma boa atuação.

Mostrando uma evolução notória na trocação – prova disso foram suas vitórias seguidas por nocaute nas últimas apresentações -, o faixa-preta de Jiu-Jitsu celebrou sua maior segurança na luta em pé, ressaltando o trabalho que tem desenvolvido nos últimos anos.

“Eu vim fazendo muito Boxe, Kickboxing, e fui mostrando isso em muitas lutas, até as que eu perdi, então acho que mostrei essa evolução e é fruto de um trabalho de muitos anos, até porque já vão fazer sete anos que estou no MMA”, disse o brasileiro em entrevista aos jornalistas durante o UFC Rio, no último dia 12 de maio, onde também comentou sobre a importância de conciliar sua carreira no UFC com os torneios de grappling que compete, o motivo de não lutar no ACB JJ e o seu nível na arte suave em relação a outros no Ultimate.

Confira a entrevista completa com Gilbert Durinho:

– Evolução na trocação e nocautes recentes

Desde o começo da minha carreira, eu sempre procurei observar os meus pontos fortes e fracos. Meu ponto forte sempre foi o Jiu-Jitsu e o meu físico, procurei evoluir bastante no Wrestling, e o meu ponto fraco, no começo, era a trocação, então o foco era sempre melhorar na trocação. Eu vim fazendo muito Boxe, Kickboxing, e fui mostrando isso em muitas lutas, até as que eu perdi, então acho que mostrei essa evolução e é fruto de um trabalho de muitos anos, até porque já vão fazer sete anos que estou no MMA. É um processo que requer paciência e treino, mas os resultados estão começando a aparecer.

– Ponto ideal da trocação nos dias de hoje

Eu sou bem crítico comigo mesmo, mais do que qualquer outra pessoa (risos). Hoje em dia, eu tenho um esquema em que filmo todos os treinos, tenho um caderno de anotação em que faço observações do que posso melhorar, me dou nota, então eu tenho comigo a certeza de que tenho muito a melhorar ainda, na trocação e em outros aspectos.

– Importância de estar se testando no grappling

Ajuda bastante, porque o Jiu-Jitsu é algo que muda muito. Às vezes, um cara que está fazendo a transição agora, o cara ainda não bate muito, quer logo finalizar, então conforme o nível vai aumentando, o Jiu-Jitsu vai mudando. Você precisa ter o controle, um bom ground and pound, um certo domínio, saber mudar de posição, mas o Jiu-Jitsu puro, às vezes se perde um pouco. Então, para eu não perder essa essência do Jiu-Jitsu fino, de finalização, controle, eu vou estar sempre participando. Eu estou conversando com o evento KASAI Pro, mas é só para agosto. Mas eu tenho objetivos, sim, de continuar competindo, porque eleva muito o nível. É sempre bom estar se testando na arte suave.

– Motivo para não ter aceitado lutar no ACB Jiu-Jitsu

O ACB tem um evento de Jiu-Jitsu e um outro de MMA. Tem muita gente lá, mas a única proposta que recebi deles é para lutar exclusivamente por eles, então eu não gosto disso. Se eu lutar por eles, não vou poder lutar Copa Podio, KASAI, entre outros. Esse foi um motivo para eu não fechar com eles, então por enquanto não está nos meus planos.

– Nível do seu Jiu-Jitsu entre os melhores do UFC

Eu acredito que sim. Tem uma galera nova surgindo também. Demian Maia e Ronaldo Jacaré foram os primeiros, mas tem muita gente boa que veio do Jiu-Jitsu, como o Davi Ramos, Cara de Sapato, Serginho Moraes, Thales Leites, Fabrício Werdum, mas eu me coloco no Top 5, acho que estou representando o Jiu-Jitsu em um alto nível. Quem tiver alguma dúvida em relação a isso, é só olhar o meu cartel, ele fala por si só (risos).