Glover Teixeira relembra tentativa de guilhotina sobre Prochazka: ‘Vontade de chorar vendo de novo’

Após ser finalizado por Jiri Prochazka e perder cinturão no UFC 275, Glover Teixeira conta detalhes sobre tentativa de guilhotina durante a luta

Glover Teixeira relembra tentativa de guilhotina sobre Prochazka: ‘Vontade de chorar vendo de novo’

Rival de Poatan no próximo sábado (11), Jiri Prochazka venceu Glover Teixeira na luta principal do UFC 275 em 2022 (Foto: Reprodução/UFC)

O brasileiro Glover Teixeira ficou a 28 segundos de defender com sucesso o cinturão meio-pesado do UFC contra Jiri Prochazka, no último sábado (11), na luta principal do UFC 275, em Singapura, mas acabou sucumbindo a um mata-leão aplicado pelo tcheco nos últimos instantes do combate. No entanto, antes disso, o brasileiro esteve muito próximo da vitória.

Também no quinto round, Glover Teixeira “balançou” Jiri Prochazka com fortes golpes e estava a ponto de nocautear o adversário. O brasileiro, todavia, optou por buscar a guilhotina e logo na sequência perdeu a posição. Apesar de reconhecer que buscar a finalização naquele momento foi um erro, o mineiro de Sobrália não se arrepende do que fez.

“Foi instinto. Ele abaixou a cabeça e seu pescoço caiu direto na minha guilhotina. Eu não aceitei, ele me deu. Eu poderia ter sido mais paciente, é claro. Mas da mesma forma que ele me pegou depois – a gente acha que quando alguém está machucado e cansado, você vai pegar ele com uma guilhotina e ele vai bater rápido, às vezes ele sai rápido também.

Eu sempre disse isso, qualquer um pode finalizar qualquer um (no MMA). Pode colocar Roger Gracie lá, que tem o melhor Jiu-Jitsu do mundo. Se alguém o derrubar e ele se machucar, você pode pegá-lo com um mata-leão. Você vai competir no Jiu-Jitsu com Rodolfo Vieira e não vai pegar ele, aposto, mas no MMA acontece.

E aconteceu comigo. Mas a guilhotina, cara, eu sinto vontade de chorar assistindo de novo. Há muita coisa que acontece em uma luta e você vai aprender com isso. Eu poderia ter feito isso ou aquilo. Eu sempre volto e assisto para corrigir meus erros, independente de ganhar ou perder. Estou sempre me criticando e corrigindo meus erros. Mas acontece”, disse Glover Teixeira.

Apesar da derrota nos últimos segundos, Glover disse que a luta ocorreu exatamente como ele esperava, com ele “dominando” Jiri Prochazka no chão com seu Jiu-Jitsu durante a maior parte da luta. Apesar disso, o brasileiro considera que não havia como escapar da finalização, mesmo faltando poucos segundos para o término da luta.

“Alguém vai dizer: ‘ele estava de lado, não há (razão para bater). Como ele bateu?’ Eu bati. Não tem jeito, eu bati porque estava quase desesperado, tanto que fiquei no chão depois que a luta acabou. Tudo ficou escuro, eu já estava apagando. Não bater não mudaria o resultado da luta. Mas dominei no Jiu-Jitsu o tempo todo. Houve algumas vezes que eu dominei na luta em pé também. Houve algumas vezes que perdi na trocação, mas sempre dominei na luta agarrada. Fiquei por baixo algumas vezes, mas sempre defendi o ground and pound. Essa é a realidade, dominei no chão, mas fui pego no último minuto”.

Glover Teixeira, por fim, afirma que a maior lição após a derrota na luta principal do UFC 275 é “ficar em alerta o tempo todo e nunca se achar melhor do que um lutador em uma posição”. O brasileiro, vale ressaltar, nunca havia sido finalizado ao longo dos seus 20 anos de carreira no MMA.

“Achei que as chances dele de ganhar seriam me nocauteando, acertando uma joelhada voadora, uma cotovelada… Era o que eu esperava antes da luta: ‘Esse cara tem essa chance e eu tenho que ficar em alerta’. Mas no chão, cara, isso nunca passou pela minha cabeça. ‘Ele vai tentar fazer isso, me finalizar’, eu nunca imaginei ele tentando isso.

Eu imaginei exatamente o que aconteceu por quatro rounds e meio – ele tentando me nocautear na luta em pé e eu acertando algumas boas mãos, talvez pegando ele com um contra-ataque quando ele viesse, e dominando no chão. Isso funcionou perfeitamente para quatro rounds e meio. Eu nunca subestimo ninguém, nunca acho que vou finalizar todo mundo no primeiro round. Mas a lição é estar sempre em alerta. Aconteceu pela primeira vez na minha carreira (ser finalizado), e faz parte. A vida continua”, concluiu.

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