GM Wilson Mattos opina sobre os cenários da Defesa Pessoal e do Jiu-Jitsu: ‘Hoje só querem sentar e levar para o chão’; opine

GM Wilson Mattos opina sobre os cenários da Defesa Pessoal e do Jiu-Jitsu: ‘Hoje só querem sentar e levar para o chão’; opine

Com uma vida dedicada ao Jiu-Jitsu, o Grão-Mestre Wilson Mattos, faixa-vermelha 9º grau da arte suave, é grande referência nos temas relacionados ao esporte. Graduado faixa-preta pelo lendário GM Oswaldo Fadda nos anos 70, o “Shigan” – como é apelidado – conversou com a TATAME na sua academia e, ao longo da entrevista, falou brevemente sobre o início na modalidade, que aconteceu em 1956, com apenas 5 anos.

Além disso, o carioca também deu sua opinião a respeito das diferenças existentes entre o Jiu-Jitsu praticado nas décadas de 60, 70 e 80 com o que é empregado atualmente, citando a questão da arte suave voltada para a Defesa Pessoal e também para o lado de competição, como é visto hoje em dia.

“Meu início no Jiu-Jitsu aconteceu aos 5 anos de idade, e hoje estou prestes a completar 70. Tinha um menino na minha rua que sempre me batia, e um padeiro na época viu toda essa situação. Ele pediu permissão à minha mãe para me levar na academia e ela concordou, isso em 22 de abril de 1956, e até hoje me encontro no Jiu-Jitsu. Na minha época, nós tínhamos um programa bem extenso na arte, com projeções, defesa pessoal, confrontos sem quimono e mais… Tínhamos isso tudo e estávamos muito bem preparados para a vida. Hoje, não. Hoje está muito diferente. O praticante, atualmente, só pensa em sentar e levar para o chão. Essa é a grande diferença do Jiu-Jitsu antigo para o esporte nos dias atuais”, explicou o GM, que apesar de citar as diferenças entre as épocas, disse que existe espaço para os dois lados dentro do esporte.

“Há espaço tanto para um, quanto para outro. Depende muito do professor, do método de ensino dividir parte por parte a eficácia do Jiu-Jitsu. Sinceramente, na minha academia, se faz o Jiu-Jitsu tradicional esportivo, sem nenhum conflito. Mas é importante que o indivíduo saiba fazer tanto uma coisa, quanto outra”, concluiu.