Homenageado em Curitiba, treinador da Chute Boxe analisa lutas de Jennifer e John Allan, e aguarda 2021: ‘Planos são grandes’

Homenageado em Curitiba, treinador da Chute Boxe analisa lutas de Jennifer e John Allan, e aguarda 2021: ‘Planos são grandes’

Professor da Chute Boxe em Curitiba e responsável por auxiliar nomes de destaque do MMA brasileiro, como Jennifer Maia e John Allan – ambos lutadores do UFC -, Ed Monstro foi homenageado na última quarta-feira (9) pela Prefeitura de Curitiba, por conta do seu trabalho em projetos sociais e méritos esportivos, levando o nome da capital paranaense a diversos lugares do mundo por meio dos seus atletas. Professor de Jiu-Jitsu, Muay Thai e MMA, o experiente profissional falou com alegria sobre a grata surpresa.

“Há alguns anos faço parte de projetos sociais, como no Parolin, uma comunidade daqui. Tenho um aluno especial, que há um tempo está comigo e trabalho com ele. Faço alguns trabalhos voluntários e sociais, que em parceria com algumas pessoas que me levaram aos projetos, renderam frutos. Meninos que saíram do mundo das drogas, e trabalhos como esse que desenvolvi com o menino especial, que teve uma grande melhora de vida… Coisas que são gratificantes. Uma parte da homenagem foi de Honra ao Mérito, por estar levando o nome de Curitiba ao mundo inteiro através dos meus atletas. Foi honra, felicidade e gratidão”.

Atleta de Ed Monstro, a casca-grossa Jennifer Maia viveu um grande momento da sua carreira este ano ao disputar o cinturão peso-mosca do UFC em novembro, diante da campeã Valentina Shevchenko. A vitória, após cinco rounds de combate, não veio, mas o bom desempenho da curitibana trouxe satisfação e motivação visando os próximos desafios de Maia dentro da organização.

“Esse ano, apesar da pandemia, foi muito bom para nós, de crescimento, com a Jennifer disputando o cinturão. O resultado que a gente esperava não veio, porque a gente trabalhou para ganhar. Mas não podemos tirar os méritos da campeã, pois mesmo eu sabendo que ela é rápida, um pouco dos movimentos me surpreendeu, a forma que ela se movimentava, para frente e para trás, isso dificultou na hora da luta. Mas foi um resultado muito positivo, porque nas últimas lutas ninguém tinha dado trabalho para a Valentina, e a gente assustou durante algum tempo na luta. No quinto round, que foi o melhor assalto da Valentina, nós tivemos que ir para o tudo ou nada, precisávamos buscar o nocaute ou finalização, por ter perdido três rounds e vencido um. A Valentina se aproveitou disso. Mas uma coisa positiva é que a Valentina usou toda a força e nós terminamos a luta de pé. Sabemos que vamos precisar trabalhar mais, melhorar algumas coisas e ter uma ‘estrela que brilhe’ no dia, quem é atleta sabe que isso é fundamental”, analisou.

Quem também entrou em ação recentemente foi John Allan. Fazendo seu retorno ao octógono do Ultimate após um longo período sem lutar, o atleta teve pela frente o invicto Roman Dolidze e foi derrotado na decisão dividida dos jurados. Apesar do revés, porém, a atuação do lutador meio-pesado foi elogiada, tendo em vista uma lesão sofrida no joelho ainda no primeiro assalto do confronto.

“A lesão foi fundamental para o resultado. Não estou menosprezando o adversário, que é bom, mas na minha opinião, a chave de pé pode ter magoado o joelho, e quando ele voltou em pé, pode ter sentido essa lesão. Faltavam três minutos para terminar o primeiro round e, no intervalo do primeiro assalto, ele falou que tinha sentido a lesão no momento em que deu um direto, que o joelho tinha saído do lugar e voltou. Falei para ele buscar o nocaute até o final, mesmo na dificuldade. Acho que ele se superou na parte mental, se mostrou um guerreiro, porque ele lutou 70% do combate com ‘uma perna só’ e quase nocauteou no último round. Pela luta e pela lesão, foi satisfatório, porque ele terminou o combate indo pra cima do adversário, que estava inteiro”, falou Ed, que por fim, disse o que espera da equipe para o ano que vem.

“Os planos da equipe para 2021 são grandes. Vejo que toda equipe tem altos e baixos. Tivemos um ponto alto esse ano e não considero que teve um ponto baixo, mas um momento que faltou ‘estrela’. Esse ano, tivemos um evento em Curitiba, onde colocamos oito atletas em ação e sete saíram com a vitória. Tivemos 15 lutas na pandemia e vencemos 11. Foi um ano positivo, mas 2021 tem tudo para ser melhor. Estou com um projeto voltado para outros atletas, não num futuro tão breve, mas trabalhando gradativamente, com humildade, quero que eles cheguem ao UFC. A humildade é o alicerce de tudo. Se eles me escutarem e trabalharem, tenho certeza que 2021 vai ser um divisor de águas para tudo”, concluiu o treinador.