Imunização contra Covid e retomada da economia são trunfos para o reaquecimento do mercado de lutas no Brasil em 2022
Desde 2020, o segmento das artes marciais foi um dos mais afetados pela pandemia no Brasil, principalmente pelo longo período em que academias e eventos de lutas tiveram que ficar com suas portas totalmente fechadas. Uma pesquisa recentemente divulgada pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), mostrou que o faturamento do setor chegou, no primeiro semestre de 2021, a um patamar 52% menor do que o esperado para o período.
Porém, momentos de crise e dificuldade também abrem grandes oportunidades para empresas e empresários que conseguem se reinventar e se adaptar ao cenário de momento. Esse foi o caso da Maximum Boxing – marca premium de equipamentos de lutas.
“A estratégia que encontramos nesse período foi a de humanizar. Falar menos de produtos e gerar conteúdo de valor para o consumidor. Por ser uma marca pouco conhecida no início, uma das nossas ideias foi fazer um trabalho de cocriação com atletas influenciadores, gerando awareness para a Maximum. Como consequência, tivemos um impacto positivo tanto em reconhecimento de marca como nas vendas”, disse Rogério Tejeda, fundador e sócio da empresa.
Na contramão de diversas marcas de figth wear, que viram o mercado esfriar e não resistiram, a Maximum Boxing viu suas vendas dispararem.
“Hoje, nossa maior dificuldade é termos estoque suficiente para atender toda a demanda atual. Estamos crescendo mais rápido do que o esperado e os feedbacks dos consumidores são os melhores possíveis. A médio e longo prazo, nosso objetivo é nos tornarmos a marca líder no mercado nacional e, quem sabe, expandir para o mercado estrangeiro”, afirmou William Ferraz, coordenador de marketing da linha de equipamentos.
William também revelou qual foi o segredo da marca para enfrentar o isolamento social com tanto êxito: “Olhamos para o mercado como um todo, não focando apenas no nosso segmento. Seja no âmbito de atendimento ao consumidor, criação de produtos, tecnologia e por aí vai. Ter essa visão 360° de mercado foi essencial. Além, é claro, de um outro grande diferencial: qualidade.”
A ideia de criar uma marca nacional com produtos de qualidade para os esportes de combate foi concretizada em 2019, quando os sócios Leandro Longo – treinador de Muay Thai há mais de 15 anos – e Rogério Tejeda – apaixonado pela arte marcial tailandesa – identificaram uma carência no mercado: produtos nacionais do mesmo nível das melhores marcas estrangeiras, à um preço acessível.
Os dois também são os responsáveis pelo evento Maximum Muay Thai Fight, que surgiu em 2015 e teve a última edição em 2019, antes da pandemia, quando recebeu um público pagante superior a quatro mil pessoas no Ginásio Ibirapuera, em São Paulo. O Maximum Muay Thai Fight deve retomar as atividades no ano que vem, com duas edições já programadas.
“A expectativa para 2022 é bem positiva, já que teremos a retomada do nosso evento com liberação máxima de público. E com o esperado crescimento da busca por atividades de esportes de combate, a demanda por equipamentos também deve aumentar, o que pra nós é muito bom. 2022 promete.”, concluiu Rogério.