Invicto, Carlos Tizil tem disputa de cinturão peso-mosca marcada no LFA e mostra empolgação: ‘Título é meu passaporte para chegar ao UFC’

Invicto, Carlos Tizil tem disputa de cinturão peso-mosca marcada no LFA e mostra empolgação: ‘Título é meu passaporte para chegar ao UFC’

* Invicto no MMA, com cinco vitórias contabilizadas, e com apenas 25 anos de idade, Carlos Mota “Tizil” está pronto para fazer a luta mais importante da sua carreira até o momento. No próximo dia 19 de fevereiro, o brasileiro vai disputar o cinturão peso-mosca do LFA (Legacy Fighting Alliance) diante de Victor Altamirano, na edição de número 100 da companhia, que vai acontecer em Kansas, nos Estados Unidos.

Com somente uma luta pela organização, que ocorreu em novembro de 2019, quando derrotou George Martinez por nocaute em apenas 36 segundos, Tizil se vê preparado para alçar voos cada vez maiores. Profissional nas artes marciais mistas desde 2016, após fazer um combate no MMA amador, o atleta precisou ter paciência até sua disputa de cinturão ser oficializada. Isso porque, por conta da pandemia da Covid-19 e das restrições de viagem para os Estados Unidos, Carlos passou o ano de 2020 sem lutar. Em entrevista à TATAME, porém, o casca-grossa falou que o período foi importante para evoluir certas áreas do seu jogo.

“Ano passado, 2020, foi um pouco parado em questão de eventos para a gente, mas continuamos nosso treinamento, tivemos tempo para aprender muitas coisas, trabalhar nosso emocional. Meu treinador, Francisco Bueno, trabalha muito bem isso. O tempo sempre é bom para todos, e quando a gente faz as coisas certas, o tempo nos fortalece em todos os sentidos. Me sinto um atleta bem evoluído, mas com muito a aprender e evoluir sempre. Esse tempo foi importante para ganhar bagagem e melhorar várias coisas no meu jogo. Foi um ano bem produtivo”, destacou Tizil, que agradeceu pela oportunidade de disputar o cinturão peso-mosca do LFA e fez uma análise do seu adversário visando o importante confronto.

“Fiquei feliz demais, porque é uma grande oportunidade em um evento que abre portas para atletas em eventos maiores, como o UFC. Agradeço à organização, e também ao Ed Soares (CEO do LFA) e ao Joinha (empresário). Com apenas uma luta na organização, chego à disputa de cinturão e vou abraçar essa oportunidade. Meu adversário é um cara duro, que vem numa sequência boa de vitórias. Tem um nome forte na organização por ter feito muitas lutas por lá, mas estou pronto. A gente teve uma luta marcada contra ele há um tempo, mas na época não rolou, porque tive problemas com o visto. Até meu treinador falou que essa luta seria remarcada e isso aconteceu. Trabalhei por muito tempo e agora chegou a hora de mostrar isso”.

Em caso de vitória e, consequentemente, da conquista do cinturão peso-mosca do LFA, Carlos Mota entrará em outro patamar. O Legacy Fighting Alliance é um dos principais eventos de MMA dos Estados Unidos e “porta de entrada” para as grandes companhias, como Bellator e UFC. Com planos para o futuro, o atleta nutre o sonho de chegar ao Ultimate e um bom triunfo sobre Victor Altamirano pode “encurtar” o caminho.

“Acredito que (a conquista do cinturão peso-mosca do LFA) é um passaporte para chegar ao UFC, com certeza, porque a maioria dos atletas que fazem parte do LFA migram para o Ultimate. Estou acreditando na minha boa fase, até mesmo na fase do UFC, que está precisando de atletas dessa categoria e com o meu perfil. Sem dúvida, eu considero que esse sonho está próximo de ser realizado, mas é um passo de cada vez. Estou focado nessa disputa de cinturão, em fazer um belo trabalho, e depois olhar pra frente e acreditar ainda mais no sonho de estar no UFC”, projetou Carlos, natural do Pará, mas radicado no Rio de Janeiro.

Treinador de Tizil, Francisco Bueno acompanha há anos o seu pupilo e é peça fundamental da grande evolução que o lutador vem apresentando. Animado com a oportunidade do atleta em disputar o título, “Chicão” também exaltou o quão essencial foi o longo período de treino, e tem plena confiança no título.

“O período sem lutar era o que a gente precisava. Foi uma evolução de décadas, não foi só de um ano de pandemia. Tudo acontece no tempo certo e na hora certa, então ele esta muito preparado, vai chegar para essa disputa de título em sua melhor versão, o resultado à história pertence. Esse cinturão é dele, do Brasil, isso é questão de tempo. Chegou a hora de ir para o UFC. Ainda temos uma jornada para amadurecer um pouco mais, a evolução é contínua e o Tizil já entendeu isso perfeitamente. É um atleta extremamente dedicado e talentoso. A hora chegou e tenho certeza que logo vocês vão ver o melhor atleta peso-por-peso”.

* Por Mateus Machado