Hannibal celebra bom momento após superar o ‘pesadelo’ das lesões: ‘Eu nunca deixei de treinar’

Hannibal celebra bom momento após superar o ‘pesadelo’ das lesões: ‘Eu nunca deixei de treinar’

* Após conviver com sérias lesões e realizar apenas três lutas nos últimos quatro anos, Cláudio “Hannibal” Silva, enfim, encontrou a regularidade que precisava. Desde que retornou ao UFC, em maio do ano passado, já são três vitórias, todas por finalização, o que deram um combustível ao lutador, que segue invicto na organização, com cinco triunfos conquistados.

Em agosto passado, Hannibal precisou de pouco mais de dois minutos para finalizar Cole Williams com um justo mata-leão no UFC Newark. O bom momento vivido pelo lutador é um recomeço na carreira de Cláudio, que perdeu apenas em sua estreia no MMA, e desde então emplacou 14 vitórias. Após superar o pesadelo das graves lesões em sequência, o faixa-preta de Jiu-Jitsu não esconde a satisfação pela fase positiva vivida no atual momento.

“Acho que essa nova fase é resultado dos treinos na American Top Team, onde eu fiz muitos treinos inteligentes. Em alguns dias eu estava exausto e o Conan (Silveira) me liberava e pedia pra eu descansar. Eu sempre achava que estar bem treinado era sinônimo de estar exausto, mas isso é errado. Acho que eu consigo fazer mais uma luta esse ano e eu estou muito feliz, porque tenho tudo para bater o meu recorde. Quando assinei com o UFC, fiz duas lutas em um ano, e esse ano quero fechar com três ou quatro. No tempo em que estive parado, eu nunca deixei de treinar, nunca deixei de estudar e evoluir. Isso foi muito importante”, disse o brasileiro, em entrevista à TATAME.

Confira a entrevista completa com Cláudio Hannibal:

-Análise da vitória contra Cole Williams

Eu treinei bastante para essa luta contra o Cole Williams. Fui para a American Top Team, onde sempre disse que queria treinar. Eu treinei bastante, fiquei 10 semanas nos dormitórios da ATT, eu só treinava e descansava. Não deu para lutar com o russo, colocaram o Williams de última hora, mas o cara é duro, tem o cartel de 11-1 e nunca ninguém tinha colocado ele para baixo. Fiquei feliz com a minha performance, foi mais uma finalização e não vejo a hora de fazer um novo camp. Já retornei aos treinamentos e estou muito feliz com o meu momento.

-Bom momento no UFC e evolução

Foi a minha quinta vitória no UFC, sendo três finalizações. Me falaram logo depois da luta que só dois lutadores conseguiram ter cinco vitórias na categoria meio-médio do UFC: eu e o Kamaru Usman. Eu fiquei muito feliz em ouvir isso, me deu ainda mais vontade de vencer e lutar. Acho que essa nova fase é resultado dos treinos na American Top Team, onde eu fiz muitos treinos inteligentes. Em alguns dias eu estava exausto e o Conan (Silveira) me liberava e pedia pra eu descansar. Eu sempre achava que estar bem treinado era sinônimo de estar exausto, mas isso é errado. Acho que eu consigo fazer mais uma luta esse ano e eu estou muito feliz, porque tenho tudo para bater o meu recorde. Quando assinei com o UFC, fiz duas lutas em um ano, e esse ano quero fechar com três ou quatro. No tempo em que estive parado, eu nunca deixei de treinar, nunca deixei de estudar e evoluir. Isso foi muito importante.

-Quanto pretende fazer sua próxima luta?

Graças a Deus eu não tive lesões, a luta terminou de forma rápida. Acho que posso estar voltando em novembro ou dezembro. É o que eu estou planejando, vamos ver como vai ser.

-Jiu-Jitsu como carro-chefe e evolução na luta em pé

Acho que eu evoluí bastante na parte em pé nos últimos anos. Todas as lutas que eu fiz, até hoje, eu botei todo mundo para baixo. Lutei com o Nordine Taleb e vi que um comentarista falou que eu tinha 2% de chances de vencer, e quem assistiu a luta, viu que eu saí sem nenhum arranhão, ganhei a luta em todas as áreas, até na luta em pé, onde ele é especialista. Nessa minha última luta, todo mundo viu que eu ataquei bastante, chutei, fui pra dentro e isso impressiona as pessoas, porque eles acham que eu vou botar para baixo e eu surpreendo, até fazer o que eu gosto, que é levar para o chão, trabalhar o ground and pound e finalizar. Estou trabalhando a parte em pé há muito tempo e estou evoluindo bastante.

-Negócios fora do mundo da luta

Fora do mundo da luta, eu tenho uma empresa de açaí delivery, em Londres. Eu sou apaixonado pelo mundo dos negócios, estou sempre tentando aprender sobre investimentos e negócios. Eu concilio muito bem, porque tenho uma equipe. Com toda a tecnologia disponível hoje em dia, você consegue trabalhar em qualquer parte do mundo, você só precisa ter um laptop. Eu me planejo bem antes das minhas preparações para só pensar na luta e treinar.

* Por Mateus Machado