Treinar as habilidades físicas e técnicas, estudar o adversário e traçar a estratégia ideal para impor o próprio jogo é o passo a passo básico que um atleta e sua equipe devem seguir antes de uma luta. Mas há um fator tão importante quanto que pode ser reforçado e, se bem desenvolvido, dar uma grande vantagem em um duelo: o domínio mental.
Não faltam exemplos de atletas que quebraram a banca ou, ao contrário, rechaçaram qualquer possibilidade de zebra impondo suas valências mentais. Especialista em temas como psicologia da cognição e domínio da mente, Jacob Petry listou algumas dicas que podem ajudar os lutadores a confundirem o adversário e torná-lo uma presa vulnerável
“Grande parte do jogo é sobre controle e persuasão. Para controlar e persuadir seus adversários é crucial que o lutador os observe meticulosamente, sob todos os ângulos. Por isso, além de lutador, ele precisa ser um investigador incansável.”, sugere o autor do best-seller “Poder e Manipulação – Como Entender o Mundo em 20 Lições Extraídas de ‘O Príncipe’, de Maquiavel”.
Confira abaixo as cinco dicas listadas por Jacob Petry para confundir seu adversário:
– Mascare seus desejos e anseios próprios. Lembre-se que seus desejos e necessidades só interessam a você. Os outros só se interessam por algo quando eles se sentem ameaçados em seus desejos. Antes da luta, não ameace os desejos do oponente. Isso o colocaria em ação. Deixe os desejos dele seguros.
– Faça seu oponente se sentir importante, superior. Isso o faz acreditar que ele não precisa de muito esforço para vencer. Faça seu oponente acreditar nisso.
– Enquanto você se prepara intensa e sigilosamente, faça seu oponente acreditar que você não está nem aí para a luta, que vencer não é algo importante para você. Quando não há nada que ponha nossa reputação em jogo, nós nos tornamos preguiçosos. E quando isso acontece, esperamos tempo demais para agir. A indolência toma conta e nos distraímos facilmente. Isso enfraquece o adversário.
– Ao mesmo tempo que você passa a impressão de que está apenas a espera da luta, sem dar grande valor a ela, instigue seu oponente a falar em público, desafie-o a abrir o jogo, provoque-o, crie animosidade, inquiete-o, comova-o e, se necessário, irrite-o, enfureça-o.
– Nunca revele seus verdadeiros planos, estratégias e intenções. Ao contrário, induza o adversário a falar sobre os planos e estratégias dele. Em qualquer entrevista, exclua-se sempre do assunto. Torne seu oponente o foco principal. As pessoas são tão egocêntricas e carentes de atenção que, se alguém estimulá-las a falar sobre si, sem perceber, entregarão seus planos e segredos numa bandeja dourada.
