Jon Jones vai voltar a lutar? Cormier cita possível condição para isso e afirma: ‘Só piora’
Daniel Cormier deu sua opinião sobre o anúncio de aposentadoria de Jon Jones, seu grande rival no MMA; confira

Daniel Cormier deu sua opinião sobre o anúncio de aposentadoria de Jon Jones, seu grande rival no MMA (Foto: Reprodução/Instagram)
A aposentadoria de Jon Jones pegou o mundo do MMA de surpresa — inclusive seu maior rival, Daniel Cormier. No último sábado (21), após o UFC Baku, o presidente Dana White anunciou oficialmente que “Bones” deixava o esporte e o cinturão dos pesados, promovendo Tom Aspinall de campeão interino a detentor absoluto do título.
Entre no grupo grátis de tips da Tatame e venha forrar com a tropa, clique AQUI
A decisão frustra o desejo coletivo de fãs e especialistas, que esperavam pela tão aguardada superluta entre Jones e Aspinall, prometida diversas vezes por Dana White como um confronto “100% garantido”. Para Daniel Cormier, ex-campeão duplo e maior antagonista da carreira de Jon Jones, a aposentadoria neste momento levanta questionamentos inevitáveis.
“Eu disse… se Jon Jones não lutar contra Tom Aspinall, ele estaria desistindo”, declarou Cormier em seu canal no YouTube. “Porque ele vai se afastar de algo que definiu toda a sua vida adulta. (A luta) o salvou, permitiu que ele construísse uma vida ótima. E, honestamente, não estou bravo que esse jovem tenha uma vida com a família, que eles tenham dinheiro e tenham conquistado todas essas coisas boas, mas isso não muda o fato de que, por não ter pisado naquele octógono, ele desistiu. Ele não queria lutar contra Tom Aspinall. Isso é tão surpreendente”, afirmou Cormier.
Jon Jones não era visto com frequência no octógono nos últimos anos. Desde sua contestada vitória sobre Dominick Reyes no UFC 247, em fevereiro de 2020 — considerada por muitos como o ponto final da sua era nos meio-pesados —, ele lutou apenas duas vezes: no retorno contra Ciryl Gane, pelo título vago dos pesados no UFC 285, em março de 2023, e na vitória dominante sobre Stipe Miocic no UFC 309.
O contexto, no entanto, se agravou com a ascensão meteórica de Tom Aspinall. Enquanto Jones lidava com lesões e adiamentos, o britânico venceu Sergei Pavlovich com contundência pelo cinturão interino e nocauteou Curtis Blaydes em apenas um minuto no UFC 304, consolidando-se como principal força emergente da divisão. Desde então, o confronto com Jon Jones passou a ser visto como inevitável.
Para Daniel Cormier — e grande parte da comunidade do MMA — o único que não demonstrou interesse real foi o próprio campeão: “Ele não quer lutar com o Tom. Sinceramente, acho que, se o Tom perder (a próxima luta), ele (Jones) vai querer voltar. E isso é loucura para mim, porque só vai piorar a situação.”
A postura de Jon Jones em desvalorizar Aspinall como adversário legítimo também irritou os fãs. Uma petição com cerca de 200 mil assinaturas chegou a circular exigindo que o UFC retirasse o cinturão do norte-americano por “fugir” do desafio.
Apesar de “Bones” se despedir como um dos maiores nomes da história do esporte, Cormier acredita que a ausência da luta contra Aspinall mancha parte do legado deixado.
“Ele está com medo? Não, mas ao não lutar contra Aspinall, ele abriu o diálogo. Ele deixa vocês, cada um de vocês, questionarem por que ele não luta contra Aspinall”, concluiu.