Poderia este ser o último ano de Kayla Harrison lutando pela PFL (Professional Fighters League)? Sem saber detalhes do seu contrato com a organização norte-americana, essa pergunta é difícil de responder. Uma coisa, no entanto, é clara: do ponto de vista da concorrência, a bicampeã olímpica no Judô quer mais do que a franquia oferece atualmente.
Pela terceira vez consecutiva, Kayla Harrison avançou para os playoffs da categoria peso-leve feminino e será a atração principal dos Playoffs 3 da PFL MMA 2022, em confronto diante de Martina Jindrova no dia 20 de agosto, em Londres. Se a atual bicampeã do torneio peso-leve da PFL vencer todas as lutas até o fim da temporada, ela vai faturar, mais uma vez, o grande prêmio de US$ 1 milhão dado ao vencedor dos GPs divididos por categoria.
Com exceção de uma luta pontual feita pelo evento Invicta FC em novembro de 2020, por causa da pandemia de Covid-19, a carreira profissional de Harrison ocorreu dentro da PFL PFL. A americana lutou 13 vezes pela organização e está invicto, conquistando os torneios de sua categoria de peso em 2019 e 2021. Além disso, a atleta de 32 anos é considerada grande favorita para o tricampeonato em sua divisão.
Ganhar títulos pela PFL é bom, mas a competição em alto nível dentro da franquia parece não estar à altura de Kayla Harrison, que está procurando sair pelo menos do formato de temporada adotado pela PFL já há alguns anos.
“Com certeza, acho que durante esta temporada especialmente, houve algumas outras coisas nos bastidores acontecendo. Seja como for, a vida é a vida. Sempre tem alguma coisa acontecendo”, disse a lutadora ao programa MMA Underground. “Mas acho que, quando eu terminar a temporada, serão 16 lutas (pela PFL), talvez seja hora de começar (a procurar outro lugar). Eu quero as grandes lutas. Eu tenho feito o que você chamaria de temporadas – eu treino duas vezes por dia desde os 12 anos. Então, já se passaram 20 anos colocando meu corpo ao limite. Quero as grandes lutas. E se isso significa que eu tenho que ser paciente e esperar, e não competir em uma temporada, então serei paciente e esperarei”.
Kayla Harrison falou também sobre um possível confronto com a ex-UFC e atual campeã peso-pena do Bellator, Cris Cyborg. Ela também trocou provocações com a atual campeã peso-galo do UFC, Julianna Peña. E, claro, houve muita conversa sobre uma superluta entre Harrison e a ex-campeã dupla do UFC, Amanda Nunes antes dela ser derrotada por Peña em dezembro do ano passado.
Em um mundo ideal, Harrison provavelmente gostaria de lutar contra todos elas. Se a americana será ou não capaz de lutar contra uma delas em um futuro não muito distante, ainda não se sabe. Mas fazer duelos contra grandes estrelas do MMA feminino ainda está em sua mente, mesmo que ela tenha assinado um lucrativo contrato com a PFL antes da atual temporada. Em sua luta mais recente na organização, Harrison ganhou uma bolsa de luta de cerca de US$ 500.000.
“Não se trata de dinheiro. É sobre legado, e é sobre me testar contra as melhores. Então, eu acho que esta provavelmente será minha última temporada (pela PFL)”, concluiu Kayla Harrison.
