Ketlen Vieira acredita ser a próxima desafiante de Amanda Nunes e se analisa: ‘Minha evolução foi enorme’

Ketlen Vieira acredita ser a próxima desafiante de Amanda Nunes e se analisa: ‘Minha evolução foi enorme’

Por Mateus Machado e Yago Rédua

Dona de quatro triunfos em quatro lutas desde que chegou ao Ultimate, o último deles contra Cat Zingano – última lutadora a derrotar Amanda Nunes -, no UFC 222, em março deste ano, Ketlen Vieira está embalada na divisão peso-galo feminino. Ao todo, a atleta da Nova União soma dez lutas na carreira, seguindo invicta com dez vitórias até agora.

Em entrevista aos jornalistas durante o UFC Rio, realizado no início de maio, Ketlen falou sobre o que almeja para a sua sequência na organização. Segundo a lutadora, natural de Manaus e hoje morando no Rio de Janeiro, ela merece ser a próxima desafiante ao cinturão da campeã peso-galo Amanda Nunes, que vem de vitória sobre Raquel Pennington.

“Com certeza eu mereço ser a próxima desafiante (ao cinturão). Se você olhar o ranking, eu sou a quarta colocada, a segunda é a Raquel Pennington (derrotada pela Amanda) e a terceira é a Juliana Peña, que teve bebê recentemente, então está fora. O meu objetivo está acima disso (lutar com uma brasileira ou americana). Eu preferia lutar com alguém que não fosse minha compatriota, mas faz parte e é preciso estar preparada”, afirmou Ketlen, atualmente a quarta colocada no ranking da categoria que tem a “Leoa” no topo.

Confira abaixo o resto da entrevista com Ketlen Vieira:

– Possibilidade de acontecer Amanda Nunes x Cyborg

Eu acho que eles podem sim marcar Amanda Nunes x Cris Cyborg e deixar o cinturão da categoria para quem quer disputar. A categoria peso-galo tem muitas lutadoras querendo disputar o título, atletas de qualidade, então não tem necessidade da campeã deixar a categoria para ir pra de cima. Se ela (Amanda) quiser sair, que saia e deixe o cinturão.

– Necessidade de mais uma luta antes do title shot

Quando a gente tem que ser campeã, a gente vai ser, independente do que aconteça. Se eu tiver que fazer mais uma luta, vou fazer. A minha equipe quer que eu luta diretamente pelo cinturão. Ganhei quatro lutas, sou merecedora disso, ganhei da única que venceu a Amanda, mas o UFC é quem tem que decidir isso. Se não for o cinturão e for coerente, aí a gente vê uma outra luta, mas minha equipe, treinadores, querem que eu lute pelo título.

– Evolução desde a saída de Manaus e vinda para o Rio

A minha evolução foi enorme. Muitas pessoas que estão de fora talvez não percebam, mas quem está do meu lado, acompanhando desde o início, o meu dia a dia, sabe que a evolução que eu tive desde que sai de Manaus e vim para o Rio de Janeiro é monstruosa.

– Referência e importância do Dedé Pederneiras

O Dedé (Pederneiras) foi o cara na minha vida, tanto profissional como pessoal. Eu devo muito a ele, é a minha referência. A gente (na Nova União) sabe que o esporte passa por fases, tanto que já tem a nova geração vindo no UFC, e lá não é diferente. Agora uma nova era está começando e tenho certeza de que muitos atletas da Nova União vão brilhar.