Caso Leandro Lo: Justiça suspende júri popular de PM acusado de matar o lutador; detalhes

Início do julgamento de PM acusado de matar Leandro Lo estava marcado para esta quinta-feira (22), mas foi adiado; saiba mais

Caso Leandro Lo: Justiça suspende júri popular de PM acusado de matar o lutador; detalhes

Início do julgamento de PM acusado de matar Leandro Lo estava marcado para esta quinta-feira (22), mas foi adiado por decisão liminar de desembargador (Foto: Reprodução)

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu o júri popular do tenente da Polícia Militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, acusado de matar o multicampeão mundial de Jiu-Jitsu Leandro Lo com um tiro na cabeça durante uma discussão em uma festa, em 2022. O início julgamento estava marcado para esta quinta-feira (22), mas foi adiado por decisão liminar do desembargador Marco Antônio Cogan.

Segundo apuração da TATAME, o julgamento deve ser remarcado para os dias 5 e 6 de agosto, dependendo da definição do TJ-SP.

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A suspensão foi concedida após pedido da defesa do tenente, que alegou cerceamento do direito à ampla defesa. Os advogados reclamaram da decisão do juiz do caso, que cancelou os depoimentos de peritos particulares contratados pela defesa para contestar a trajetória do disparo que matou Leandro Lo. O desembargador acatou o argumento e determinou a paralisação do julgamento até que o mérito da solicitação seja avaliado por um colegiado de magistrados.

Enquanto isso, Henrique Velozo segue preso preventivamente no presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte da capital paulista.

Paralelamente ao processo criminal, Velozo também responde a um processo administrativo na Justiça Militar. A Corregedoria da Polícia Militar recomendou a expulsão do oficial, que utilizou uma arma da corporação no crime, estando fora de serviço e à paisana no momento do disparo.

O advogado da família de Leandro Lo, Adriano Salles, comentou a suspensão em entrevista à TATAME, trazendo os detalhes que influenciaram na decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.

“Há um tempo, acho que em janeiro ou fevereiro, ele (advogado de defesa do tenente) juntou um laudo particular, ele contratou peritos particulares e pagou, para fazer um laudo falando sobre a trajetória do tiro, o que é vantajoso para ele. Nós também contratamos, o juiz autorizou, e também juntamos um laudo particular, desmentindo o laudo dele. Quem é que tem poder para fazer laudo oficial aqui no Brasil? São peritos do Instituto de Criminalística e do IML”, explicou.

Segundo o advogado, os laudos da promotoria e da acusação foram submetidos à análise do Instituto de Criminalística (IC), que se posicionou a favor da tese da acusação.

“A promotora pegou o laudo feito por ele e o laudo feito por nós, e pediu para o IC esclarecer. Com isso, o IC esclareceu que o nosso laudo é melhor que o dele. O juiz, vendo que não há mais dúvida, porque até o IC já se pronunciou, o que fez? ‘Não preciso mais ouvir no plenário os assistentes técnicos e os peritos particulares’. Ele (advogado de defesa do tenente) pediu uma liminar ontem (quarta-feira), por volta das 18h e o tribunal deu. O prejuízo é dele, porque é o cliente dele que está preso”, concluiu.

Leandro Lo é um dos grandes ícones da história do Jiu-Jitsu mundial (Foto: Dai Bueno/TATAME)

Leandro Lo é um dos grandes ícones da história do Jiu-Jitsu mundial (Foto: Dai Bueno/TATAME)

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