Leonardo Saggioro analisa 2018 com título do UAEJJF ‘King of Mats’ e vice-mundial da IBJJF: ‘Seguirei tentando’

Por Diogo Santarém
Faltando pouco mais de um mês para o seu término, o ano de 2018 foi bem movimentado para o mineiro Leonardo Saggioro. Em abril, o faixa-preta foi campeão do primeiro torneio “King of Mats”, da UAEJJF, na categoria até 69kg. Já em junho, Saggioro acabou vice-campeão mundial da IBJJF pela segunda vez, perdendo a final para Jamil Hill-Taylor.
Em entrevista à TATAME, o lutador da BTT analisou sua temporada, começando pela estreia no “King of Mats”, onde venceu com um triunfo sobre Gianni Grippo na decisão.
“Foi um evento bem interessante para mim. Os organizadores tentaram reunir todos os ex-campeões do World Pro e Grand Slam para criar um torneio de alto nível. Lógico que nem todos puderam comparecer, mas mesmo com os improvisos, o nível foi excelente. Meu principal elogio é para a organização. Foram super gente boa em todos os sentidos. Só acho que, como os atletas chegam muito perto do evento e quase todos são de países diferentes, é uma viagem cansativa, então poderíamos chegar uns quatro dias antes da pesagem”, comentou o atleta, de 28 anos, que já foi campeão mundial nas faixas coloridas.
Leonardo também falou sobre o vice no Mundial da IBJJF, em junho, na Califórnia (EUA). Esta foi a segunda vez, de forma consecutiva, que ele ficou com a medalha de prata no campeonato, já que também foi superado em 2017, pela fera Rubens Charles “Cobrinha”.
“A respeito do Mundial do ano passado e desse ano, eu obtive um resultado positivo, fiquei feliz, não posso negar. Há alguns anos venho tentando o título mundial e sinto que estou evoluindo a cada ano. Estou super motivado para voltar em 2019 e dar o meu melhor. Eu tento encarar como um desafio, acredito que tudo tem a sua hora, e quem decide a hora certa é Deus, então seguirei tentando”, disse Saggioro, prevendo um desempenho melhor.
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Confira outros trechos da entrevista com Leonardo Saggioro:
– Pontos a melhorar e final contra Shane-Hill
Eu tentei estudar muito meus oponentes, mas sinto que faltou estudar um pouco mais. Contra o Shane-Hill, na final, eu errei na estratégia logo no começo da luta. Aliás, nos primeiros segundos de luta, ele soube usar bem a regra, e isso acabou me custando a luta inteira. Ele é um atleta muito duro, como o resto da categoria, só atletas de alto nível.
– Relação com a BTT e equipe atualmente
Meu professor, Ricardo Marques (BTT Juiz de Fora), se afilou à BTT há alguns anos, eu só tive ele como professor em toda minha vida, então hoje sou muito agradecido a ele e à equipe por tudo que venho conquistando. Sempre tive como exemplo de atleta o Bernardo Faria. Me espelhei a vida toda nele e tive a sorte de treinar com ele por uns anos antes da sua mudança para a Alliance. Também tive o prazer de conhecer o Murilo Bustamante, líder da BTT, que é um atleta de alto nível e uma ótima pessoa. A equipe vem evoluindo muito em competições, existem muitos atletas de nível chegando aí. Posso citar um deles: Gabriel Procópio. É um faixa-preta do peso-médio que está chegando cada vez mais forte.
– Sequência no ano desde o Mundial da IBJJF
Vou continuar no estilo ‘old school’ (risos). Mantenho como sempre fiz a vida inteira: treinando o máximo que eu aguentar, só que com mais experiência e estratégia. Vou tentar manter um ritmo forte nos treinos porque quero participar do Europeu (da IBJJF), em janeiro do no que vem. E meu maior objetivo é ser campeão mundial, claro.
– Planos para superlutas e chance no MMA
Eu estou sempre esperando por convites, todos que aparecem eu participo. Sobre o MMA, teve uma fase na minha vida em que pensei migrar, mas não vou mentir, passou bem rápido (risos). O Jiu-Jitsu é o esporte com o qual eu me identifico, mas admiro muito todos que migram da arte suave para o MMA. Não é uma vida fácil (risos), sem dúvida alguma.